A presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Juara, Salete Schmitz Takeda, disse nesta manhã que o seu município está um verdadeiro caos “estourou um manifesto dos funcionários de madeireiras. Foram fechados todo o comércio, indústria, bancos e órgãos públicos. Há caminhões parados por toda a parte da cidade”, disse ela, apontando que o ocorrido ainda é uma conseqüência da operação Curupira. Já está definido que nesta terça-feira a paralisação continuará e pode se estender por data indefinida, atingindo outras cidades do Vale do Arinos, principalmente do entorno: Nova Horizonte do Norte, Tabaporã e Porto dos Gaúchos.
Salete aponta que a entidade que preside não é a favor da ilegalidade e pede que as autoridades solucionem com urgência o problema gerado aos legais. Na semana passada foi dito aos madeireiros que seriam liberadas as ATPFs – Autorizações para Transporte de Produtos Florestais. Como não ocorreu, o caos se instalou na cidade. A presidente aponta que é preciso que haja um movimento mais organizado, pois o comércio vem sendo fechado na pressão feita pelos manifestantes.
O prefeito de Juara, Oscar Bezerra confirmou esta manifestação popular, destacando que a cidade está enfrentando um sério problema de ordem econômica e social. A prefeitura, por exemplo, teve baixa na arrecadação do ICMS em torno de 20%, isto sem contar 22% de perdas do Fundo de Participação dos Municípios-FPM.
Ele sugere que seja formada pelos 45 municípios afetados, uma comissão para falar com a ministra do meio Ambiente, marina Silva e até com o presidente Luis Inácio Lula da Silva. Somente em Juara, já ocorreram setecentas demissões e há mais de mil empregados de madeireiras de aviso prévio. Ou seja, a cidade está a beira de um caos social.