A prévia da inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu para 0,49% em novembro, ante a taxa registrada em outubro, de 0,30%. Os dados divulgados hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o índice foi mais uma vez influenciado pelo aumento dos preços dos alimentos, que contribuíram com 42% da taxa global.
De acordo com a pesquisa, os preços que mais subiram foram os das carnes (4,52%), do feijão preto (7,65%), do açúcar refinado (5,13%), da carne-seca (4,55%), do frango (1,86%), do arroz (1,33%) e do leite pasteurizado (1,18%).
Alguns preços subiram menos, como refeição consumida fora do domicílio (de 0,84% para 0,68%) ou apresentaram queda, como o feijão carioca (de 3,29%) para -2,54%). Para os produtos não alimentícios, a variação de preços em novembro foi igual à registrada em outubro, de 0,37%.
De outubro para novembro, alguns dos itens considerados importantes na despesa das famílias apresentaram desaceleração, com destaque para os artigos de vestuário (de 1,24% para 0,56%), artigos para reparos de residência (de 1,89% para 1,50%), salário dos empregados domésticos (de 1,11% para 0,85%) e a taxa de água e esgoto (de 1,37% para 0,15%)
Em relação ao resultado no ano, a taxa de crescimento de preços dos alimentos chegou a 11,57%, bem acima de igual período do ano passado, que ficou em 8,22%.
Quanto aos não-alimentícios, que também pressionaram o IPCA-15 de um mês para o outro, os destaques ficaram com a energia elétrica (de -0,26% para 0,36%), gasolina (de 0,01% para 0,33%) e condomínio (de -0,15% para 0,30%).
De janeiro a novembro, o IPCA-15, que é considerado uma prévia do IPCA, que serve de referência para a meta de inflação do governo, acumula alta de 5,79%, bem acima dos 3,64% de igual período do ano passado. O IPCA-15 acumulado neste ano também já é maior do que o centro da meta de inflação, de 4,5%, fixada para este ano.