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Preços da gasolina e diesel podem ficar até R$ 0,13 mais caros

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A Petrobras anunciou, ontem à noite, reajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias. A gasolina teve aumento de 6% e o óleo diesel, 4%. Com isso, estes dois produtos podem aumentar até R$ 0,13 por litro para o consumidor final. Em Sinop, atualmente e sem o reajuste, o preço do litro da gasolina podia ser encontrado, nos lugares mais baratos, a R$ 3,31. Já nos mais caros, a R$ 3,55.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), Aldo Locatelli, disse que os aumentos são consideráveis e irão impactar nas bombas, o que dependerá dos repasses realizados pelas distribuidoras e de decisão dos revendedores. Ou seja, fica a cargo de cada dono de posto decidir se repassa ou não para os consumidores o reajuste.

Ele disse ainda que, este ano, ocorreram cinco aumentos. Em fevereiro, o governo federal aumentou os preços da gasolina e do diesel ao rever a CIDE e o PISCofins em R$ 0,22 R$ 0,15, respectivamente. Além disso, nos últimos 90 dias, a Petrobras reajustou por três vezes o preço do óleo diesel, acumulando um aumento para as distribuidoras de R$ 0,064, sem contar este novo aumento.

Aldo disse que é “curioso que nenhum destes ‘pequenos’ aumentos, dos últimos 90 dias, foi divulgado pela imprensa ou outros canais de comunicação, apenas no site oficial da empresa disponível para acesso exclusivo de seus clientes distribuidores”.

Para Locatelli, a estratégia é simples: ao praticar pequenos aumentos, a Petrobras consegue melhorar seus resultados operacionais e, como a concorrência dificulta os postos a repassarem para as bombas, o preço fica estável e não compromete a cadeia de formação de custos dos produtos. Explicou que desta forma a Petrobras aumenta o preço do óleo diesel e não impacta a inflação”. Quem paga a conta é o posto revendedor que vê seu negócio ficar cada vez mais comprometido financeiramente”.  

Outro ponto que chama a atenção é de que no ano passado enquanto o petróleo estava acima de 100 dólares, o barril, e o governo segurou os reajustes que eram necessários e, agora, com o barril a 50 dólares, ele alega a necessidade de refazer o caixa da Petrobras e aumenta consideravelmente os preços.

Destacou também que a inflação acumulada de janeiro a setembro deste ano de 2015 é de 7,06%, enquanto que o óleo diesel contabiliza mais de 14% de aumento  durante o ano na distribuidora, o que não chegou aos postos por conta da concorrência e liberdade do mercado em estabelecer seus preços.

Sobre o impacto do novo reajuste, Locatelli explicou que é preciso verificar a reação das distribuidoras, o que poderá ser visto nos próximos Levantamentos de Preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 

Já o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso, Eleus Vieira de Amorim, destacou que pesquisas já apontam um aumento no custo do transporte de até 2%.

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