Os alimentos não devem ser os grandes vilões da inflação no próximo ano. Para o economista da FGV (Fundação Getulio Vargas) Evaldo Alves, a partir do segundo semestre de 2011, o preço dos alimentos vai se estabilizar. Esse cenário, porém, depende de alguns fatores. Um deles é o fator internacional. "O preço dos alimentos está aumentando lá fora", afirma. O outro é interno. "A queda dos preços deve ocorrer, caso o governo tome as medidas necessárias para conter o aumento da inflação", completa Alves.
Para ele, os preços dos alimentos já subiram o que tinham de subir. E a tendência, a partir de agora, é haver estabilidade. Somente neste mês, a inflação dos alimentos desacelerou, passando de 2,11% para 1,84%, de acordo com o IPCA -15 (Índices de Preços ao Consumidor Amplo 15).
Alves explica que a meta de variação do índice é de 4,5% ao ano. Contudo, a inflação já alcança 5,5% ao ano. Para ele, se medidas não forem adotadas no sentido de reverter a situação, os consumidores devem continuar encontrando preços altos nas prateleiras. "Temos muitos gargalos que influenciam no aumento dos preços, e um deles é a nossa precária infraestrutura e o outro, o deficit público".