A desvalorização no preço da terra em Mato Grosso pode chegar a 65% em algumas regiões. É o que demonstra a última parcial da pesquisa realizada pelo Instituto FNP.
Há 5 anos no mercado imobiliário, Vilso Tozi aponta que o mesmo hectare comercializado em Sinop a 140 sacas de soja em 2004 vale hoje, em média, entre 90 e 100 sacas, recuo de até 64,2%. Utilizando o valor atual da saca de R$ 20,95 no Norte de Mato Grosso, o recuo é de R$ 2,933 mil para R$ 1,885 mil.
O patamar revela a inversão no mercado de terras na comparação com os idos “anos de ouro” da agricultura na região: o valor praticado nos contratos de compra e venda em 2004 era 27% superior à média de 110 sacas travada em 2002. Naquele ano o valor do hectare era de R$ 2,304 mil.
De acordo com uma reportagem da Gazeta, o quadro regional é amenizado para a estabilidade registrada na análise do mercado em 2006, mas ainda bem aquém da posição de unidades da federação como Acre, que encabeça a lista com uma variação virtuosa de 50% no acumulado dos últimos 36 meses.
Rondônia desponta no panorama nacional com a maior desvalorização no preço de terras em 2006, com retração de 3%. Acre, Amazonas e Rio Grande do Sul também ostentam o sinal negativo no ranking, com quedas de 1% e 2% no período.