Assim como na maioria das capitais brasileiras, o preço da cesta básica teve alta em Cuiabá em maio. De R$ 210,37 no mês de abril, a cesta passou a custar R$ 217,43 em maio, alta de 3,36%.
Neste ano, à exceção do mês de fevereiro, em que houve queda, o preço da cesta básica só subiu em Cuiabá. Desde o final de dezembro de 2007 (quando a cesta custava R$ 201,80) até hoje, foram expressivos 7,74% de aumento.
Em Cuiabá, o preço da cesta básica é apurado pela KGM Pesquisas e os números apurados estão em linha com o que registra no restante do país o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em sua Pesquisa Nacional da Cesta Básica.
Apenas duas, das 16 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a pesquisa, apresentaram queda no preço dos gêneros alimentícios essenciais em maio: Goiânia (-1,19%) e Salvador (-0,35%). Rio de Janeiro (0,31%) e Belo Horizonte (0,98%) apresentaram aumentos modestos; mas localidades como Recife (14,19%), Natal (8,91%) e Florianópolis (7,61%) registraram elevações expressivas.
Na capital mato-grossense os produtos que mais colaboraram para o aumento da cesta foram o tomate (alta de 24,5%), a batata (+13,2%) e a farinha de trigo (+8,6%). Por outro lado, apenas três produtos apresentaram queda: o feijão (-14,3%), a banana nanica (-13,5%) e o óleo de soja (-6,48%).
Com a variação de maio, o quadro das capitais nas quais foram verificados os maiores custos para a cesta básica mudou, de acordo com o Dieese. O maior valor foi apurado em Porto Alegre (R$ 236,58), seguido por São Paulo (R$ 233,92) e Belo Horizonte (R$ 230,55). Em abril, o maior custo foi da capital mineira.
Na outra ponta, Salvador (R$ 176,05), Aracaju (R$ 183,40) e João Pessoa (R$ 187,21) registraram os menores valores.
Com os aumentos expressivos registrados em outras capitais, a cesta de Cuiabá ficou um pouco menos cara em relação ao restante do país. Em abril, Cuiabá ocupava a 8ª posição no Ranking Nacional da Cesta Básica e, em maio, passou para a 9ª posição.
Ainda segundo o Dieese, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo, na média das 16 capitais pesquisadas, precisou cumprir, em maio, uma jornada de 111 horas e 08 minutos para adquirir os mesmos bens que no mês anterior demandavam 106 horas e 57 minutos.