Os produtores de grãos de Sinop têm até sexta-feira, 15, para fazer o pedido de prorrogação do pagamento da dívida adquirida através do custeio de produção da última safra. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antonio Sergio Rossani, as novas exigências de documentação feitas pelo governo estão causando tumulto na hora de efetuar os pedidos, nos escritórios de planejamento e alguns produtores poderão ficar sem a prorrogação.
“Essa nova documentação só está causando tumulto. Agora o governo está pedindo fluxo de caixa e os produtores, que já têm muita coisa para fazer, não estão tendo tempo de fazer esse levantamento. É muita coisa para pouco tempo e poucos escritórios”, disse Rossani, ao Só Notícias.
“Estamos tendo que trabalhar à noite para atender todos os produtores senão não será possível efetuar o pedido deles”, disse uma funcionária de um escritório de planejamento.
Através do levantamento de caixa os bancos irão analisar quais produtores terão o pedido de prorrogação aceito e quais não. Só Notícias apurou que no sul do país a prorrogação foi concedida à todos os produtores. O motivo foi porque os prefeitos decretaram estado de emergência nas lavouras. “Nesse caso o governo prorroga automaticamente o prazo. Talvez a solução para Mato Grosso seria decretar estado de emergência em todas as lavouras, até porque a situação não é diferente disso”, reforçou.
Rossani informou, ainda, que esta safra na região, que compreende o município de Sinop, significou 30% de perdas, uma média de R$ 150 milhões de prejuízos. “Os agricultores estão gastando em média R$ 20 para produzir uma saca de grãos e ganham na venda apenas R$ 5, prejuízo de R$ 15 por saca”, salientou.