Ontem, primeiro dia em que todas as distribuidoras do país estão obrigadas a vender o diesel com 3% de mistura de biodiesel, ainda não havia qualquer alteração de preço do produto nos postos da Capital. Como o biodiesel é mais caro, a previsão é que o preço a mais que os postos terão que pagar às distribuidoras seja repassado para o consumidor final na média de 1,7%. Mas esse reajuste não tem dia específico para ocorrer. Vai depender dos estoques de cada posto. A partir do momento que forem sendo compradas novas cargas é que a diferença deve aparecer. Significa que pode ser a qualquer hora.
Nos postos de Cuiabá o diesel ainda estava sendo comercializado ontem na média de R$ 2,27 o litro, como estava antes. A variação de preço de posto para posto ia de R$ 2,24 a R$ 2,30. A alta no combustível também não deve influenciar no preço do frete em Mato Grosso, quando se fala em agronegócio, setor que mais movimento o segmento de transporte de carga. Segundo o presidente da Associação de Transportadores de Carga do Estado (ATC-MT), Miguel Mendes, aqui a situação é mais complicada.
Ele explica que o frete ainda está baixo no Estado porque estamos no período em que a safra de soja já terminou e a do milho está começando. Ou seja, há pouca demanda para frete. Em momentos como esse, não há como repassar qualquer custo para o frete. “O que vale aqui para nós é a oferta e a demanda”. Daqui a pouco, por exemplo, quando a safra de milho estiver em seu auge, o frete se eleva. E logo em seguida começa o transporte do algodão. Então, independentemente do preço do diesel, o valor do frete no Estado vai subir em torno de 20% a 30%.