As famílias terão um aumento de 5,2% em seu poder de compra em 2012, segundo um novo indicador criado pela Tendências Consultoria. Já as perspectivas quanto à massa de renda do trabalhador apontam para uma alta de 4,8%.
O índice da consultoria é feito em dois passos. Primeiro, consideram-se todos os rendimentos das famílias, como a renda proveniente do trabalho, da previdência e dos programas de transferência de renda. Do total, são descontados os pagamentos de impostos e contribuições.
Em um segundo momento, calcula-se toda a captação líquida de crédito, ou seja, todo o crédito que os consumidores possivelmente vão captar em 2012. Desse total, descontam-se os gastos desse serviço, como o pagamento de juros.
Partindo dos dois resultados, a consultoria elabora suas perspectivas quanto à trajetória do poder de compra das famílias. Nesses cálculos, consideram-se também elementos, como as perspectivas para o mercado de trabalho, previdência, mercado de crédito e programas de transferência de renda.
Crédito e mercado de trabalho
A analista da Tendências Consultoria, Mariana Oliveira, explica que o cenário para o mercado de crédito é bastante positivo, principalmente por conta da queda da Selic e dos sinais de que a taxa continuará caindo ao longo de 2012. “Isso melhora as condições de crédito para os consumidores”, diz Mariana.
O mercado de trabalho também ajuda a sustentar as perspectivas positivas em relação ao poder de compra das famílias. As baixas taxas de desemprego, combinadas com uma demanda alta por trabalhadores, ajudam a aumentar o poder de barganha dos profissionais, o que resulta em um aumento na renda.