O plantio da safra de soja começou há cerca de duas semanas em Lucas do Rio Verde, mas o cenário para muitas revendedoras de máquinas agrícolas, que foi considerado um dos piores no ano passado, não teve muitas alterações. Em algumas empresas do município, as vendas caíram ainda mais este ano, afetadas pela dificuldade encontradas pelos produtores em adquirir créditos.
“Os bancos não estão aprovando as vendas. Além de serem poucas, estamos tendo dificuldades de aprovação dos financiamentos”, destacou, ao Só Notícias, a gerente de vendas Denise Frigeri. Segundo ela, no ano passado as vendas caíram cerca de 90% e este ano a queda é de aproximadamente 10%. “E a tendência é não melhorar, já que não há perspectiva de melhora nos preços da soja para esta safra”, complementou.
Este ano a revendora efetivou a venda de alguns tratores em Lucas do Rio Verde e também em Sorriso. “Não conseguimos nenhuma venda para Sinop e nem para Nova Mutum”, acrescentou. Em anos passados a empresa chegou a comercializar, em média, 50 colheitadeiras e até 60 tratores, durante o ano.
Em outra revendedora o cenário não é diferente. Segundo o gerente de vendas Alexandre N. Reis, este ano as vendas já caíram cerca de 20%, enquanto que no ano passado atingiu até 80%. “Nós estamos no período de plantio e aumenta a venda de tratores e plantadeiras. Nos próximos meses também esperamos aumentar a venda de colheitadeiras”, enfatizou.
A queda nas vendas também afetou os preços dos produtos. Um trator comercializado por R$ 190 mil, em 2004, está sendo vendido a R$ 147 mil este ano.
Enquanto as revendoras de máquinas registram um cenário negativo, empresas que trabalham com manutenção e venda de peças registram alta. Uma empresa de Lucas do Rio Verde teve um aumento considerável em seus serviços, já que ao invés de adquirir novos maquinários, os produtores procuram investir nos que possui.