A Polícia Federal de Mato Grosso fez ontem, em supermercados de Sinop, Cuiabá, Rondonópolis e Cáceres, apreensão de três lotes de pelo menos 10 marcas diferentes de leite do tipo longa vida. A ação integra o desdobramento da operação “Ouro Branco”, realizada em municípios de todo país para descobrir ramificações do esquema de adulteração do produto. Pelo menos 27 pessoas foram presas na segunda-feira, em Passos e Uberaba, em Minas Gerais.
O delegado federal Márcio Carvalho explica que foram recolhidas três amostras, com mesma data de fabricação e lote para poder fazer a rastreabilidade, que serão encaminhados para laboratórios Brasília (DF), conforme A Gazeta. Ele não descarta a possibilidade de novas apreensões. “Caso se descubra novas marcas, vamos mandar também para analisar, o objetivo é ter certeza que não há perigo”.
Em Minas Gerais, a Coopervale (Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande) e a Casmil (Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro) são acusadas de “batizar” o produto para aumentar volume ou de adicionar substâncias para que tivesse maior vida útil. Laudos do Ministério da Agricultura apontam água oxigenada no leite, substância que disfarça más condições sanitárias de conservação e transporte. Também houve adição de soro ao leite acima do índice máximo.