O Ibope pesquisou a educação financeira dos jovens com idade entre 16 e 24 anos e constatou que, além de terem o nível mais baixo de educação financeira, tiveram piora em relação ao ano passado. Esta foi uma das conclusões da segunda edição do Indicador de Educação Financeira (IndEF) 2014, da Serasa Experian e Ibope. O Brasil passa a ser o único país do mundo a ter uma metodologia que permite conhecer e acompanhar o nível de educação financeira da população.
A educação financeira também continua relacionada com o ato de poupar, embora a nota dada para quem poupou nos últimos doze meses tenha sido um pouco menor que no ano anterior (6,6 em 2014 contra 6,7 em 2013). Esse recuo da educação financeira em 2014 pode ter sido causado por queda na formação de poupança, registrado em todas as faixas de renda: este ano, apenas 57% dos consumidores com vencimentos acima de dez salários mínimos tem poupança, contra 76% em 2013 (uma redução 19 pontos percentuais). A segunda menor queda foi entre as pessoas que ganham na faixa de 5 a 10 salários mínimos, de 59% em 2013 para 45% neste ano (14 pontos percentuais a menos). O percentual também caiu um ponto entre aqueles que ganham até um salário mínimo, ficando com 17%.
Neste ano, assim como em 2013, não há diferenças significativas entre os sexos. Tanto homens quanto mulheres apresentam praticamente os mesmos resultados no que diz respeito à educação financeira. No entanto, em relação a 2013, houve uma ligeira piora nos indicadores dos homens e melhora na atitude das mulheres
O indicador também aponta que a educação financeira continua sendo maior quando mais pessoas, além do próprio consumidor, participam das decisões envolvendo dinheiro ou crédito. As opiniões do cônjuge ou de outro parente próximo têm interferência positiva na educação financeira. Já deixar as decisões financeiras nas mãos exclusivamente do cônjuge não parece ser boa ideia – a nota foi a mais baixa na categoria, 5,5.
O IndEF 2014, que trabalha em uma escala de 0 a 10, deu média 6 aos brasileiros, a mesma nota de 2013. Quanto maior o índice, maior o nível de educação financeira. Este ano, no entanto, os jovens tiveram o pior desempenho. O grupo de 16 a 17 anos apresentou queda em relação à nota do ano passado: de 5,9 para 5,5. Os brasileiros que têm entre 18 e 24 também caíram na comparação com 2013, de 5,9 para 5,8. “Nosso objetivo é mostrar anualmente o nível de educação financeira do brasileiro para apoiar a medição de resultados em empresas, na sociedade civil organizada e junto aos governos, que encaram o grande desafio de educar financeiramente nossos consumidores”, afirma o presidente da Serasa Experian, José Luiz Rossi
A informação é da assessoria do Ibope.