Cerca de 48% pretende usar o 13º salário para pagar dívidas. É o que aponta pesquisa feita pelo Centro de Estudos Socioeconômicos da Universidade do Estado de Mato Grosso (Cise/Unemat) e encomendada pela Câmara de Dirigentes Lojistas. Os dados mostram que aumentou a intenção de pagar dívidas, que no ano passado era de 39%.
Os economistas explicaram que o cenário é reflexo do quadro de endividamento dos brasileiros, que hoje atinge 57 milhões de pessoas. “Não é surpreendente frente ao forte estímulo ao crédito promovido pelo Governo Federal na última década. Em termos de planejamento e controle financeiro pessoal o consumidor sinopense está agindo de forma correta, pagando as dívidas é possível se livrar dos juros e evitar restrições ao crédito”.
As mais incidente são pagamentos de carnês ou parcelas em lojas de móveis e eletroeletrônicos e cartão de crédito, com cerca de 74% e 48%, respectivamente. Aparecem em seguida, financiamento de carro, com 28%, crédito pessoal, 22% e financiamento de casa, 16%. Apenas 10% disseram não ter nenhum tipo de dívida.
Entre as 151 pessoas entrevistadas entre os dias 10 e 15 deste mês, 18% disseram que pretendem poupar o dinheiro e 10% usarão para viajar. Ainda 2% comprarão presentes, 2% pagarão contas de início de ano, 1% pagarão serviços e 19% não decidiu ou dará outra finalidade ao dinheiro.
A pesquisa também estimou que o pagamento do benefício deve injetar cerca de R$ 75 milhões, o que equivale a 4,33% do Produto Interno Bruto (PIB) do setor de serviços do município.
“A estimativa é composta pelo pagamento médio de R$ 810,33 aos 12.365 beneficiários do INSS acrescido do pagamento médio de R$ 1.797,21 aos 36.132 empregados formais registrados no Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho”, explicou o instituto.