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Pesquisa aponta produção de feijão em solo com baixa fertilidade em MT

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Com a finalidade de aumentar a eficiência da cultura do feijoeiro, levando em consideração a produtividade, o custo de produção e a área plantada foi iniciado um trabalho de pesquisa para atender agricultores familiares e médios produtores. Coordenado pela doutora em fertilidade do solo da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Maria Luiza Perez Villar, ela comenta que serão testadas seis cultivares de feijoeiro no Centro de Pesquisa da Empaer, município de Sinop. O plantio começa em janeiro de 2012.

A cultura do feijoeiro é conhecida como empobrecedora do solo e exige maior quantidade de nutrientes disponíveis a partir de 40 dias após a germinação. No entanto, baseado no principio que a necessidade de adubação varia de cultura para cultura e dentro de uma mesma cultura essa necessidade varia de cultivar para cultivar, não é possível saber se as baixas produtividades do feijoeiro no Estado de Mato Grosso são devido as cultivares utilizadas, que pouco respondem às fertilizações ou a não utilização das recomendações dos sistemas de produção. Assim, para evitar limitações no desenvolvimento e produção, como deficiência e excesso de nutrientes, há dois enfoques principais: adaptar a planta ao solo ou adaptar o solo à planta. Foi escolhido um solo com problema em fertilidade para elevar os níveis e realizar os testes.

Conforme a doutora Maria Luiza, o objetivo é adequar tecnologias para fortalecer os diversos sistemas de produção para a cadeia produtiva do feijão e assim obter a capacidade produtiva máxima dessas cultivares, selecionando as menos exigentes em termos nutricionais, com menor custo de produção, porém produtivas para o pequeno produtor e sistema de fertilização maior para médios e grandes produtores, atendendo assim todos da cadeia produtiva. Na pesquisa serão estudados genótipos, interação com o meio ambiente e fertilidade.

As cultivares testadas serão: Pérola, BRS-Pontal, BRS-Requinte, BRS-Valente, Jalo precoce e BRS-Radiante. Essas variedades foram recomendadas pelo pesquisador e melhorista da Empaer, Valter Martins de Almeida, que trabalha há mais de 20 anos com o desenvolvimento da cultura do feijoeiro no Estado. "Neste momento estamos na fase de análises de solo e aplicação de calcário. Pretendemos com a pesquisa tornar a produção suficiente para atender a demanda interna e nortear os melhoristas para as características desejáveis das cultivares a serem recomendadas" esclarece.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Mato Grosso em 2009, teve uma área plantada de 5,1 mil hectares de feijão das águas com uma produção de 10,5 mil toneladas. O feijão da seca apresentou uma área maior, com 31,4 mil hectares e produziu 45 mil toneladas e o feijão irrigado com 12,7 mil hectares de área plantada, produziu 24 mil toneladas. O Estado de Mato Grosso hoje tem uma área total de cultivo de feijão comum de 49,3 mil hectares e uma produção de 79,7 mil toneladas de feijão das secas.

Esse trabalho de pesquisa conta com a participação dos pesquisadores do Centro Nacional de Arroz e Feijão da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat). Em dois anos de pesquisa, serão definidos os sistemas de produção, em temos de fertilização para essas cultivares.

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