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Peixe será incluído na alimentação dos 45 milhões de alunos da rede pública

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O governo pretende aumentar o consumo de pescado na alimentação escolar e, para isso, vai aproveitar o trabalho de criadores de peixes e dos pescadores organizados, principalmente em cooperativas, para que o produto seja utilizado na alimentação dos 45 milhões de estudantes da rede pública de ensino.

Com esse objetivo, está sendo organizado um trabalho que visa não apenas estimular as vendas dos que não contam com demanda para escoar a pesca ou a produção feita em tanques, mas também capacitar nutricionistas e merendeiras para a utilização adequada do produto no cardápio escolar.

“Haverá melhora na nutrição dos alunos, além de mais economia”, disse a coordenadora Geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar, do Ministério da Educação, Albaneide Peixinho. Ela informou que, até o final do primeiro semestre de 2008, os pescadores de cada região deverão aprender novas técnicas da atividade, uma vez que existem diferentes experiências em cada cada localidade.

Segundo a nutricionista, já existem oito centros colaboradores no país, envolvendo áreas do governo e da sociedade civil, que trabalham pela conscientização da importância da comercialização do peixe como alternativa alimentar.

Inicialmente, o foco será dirigido a 14 estados onde é grande a atividade da pesca no mar ou na água doce. De acordo com Albaneide, a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) está estudando o uso de máquinas especiais para descamar peixes, para tornar viável a alimentação, especialmente por causa da preocupação com o consumo do pescado por alunos de pouca idade, pelo risco com as espinhas.

Vão ser capacitados pescadores, nutricionistas e merendeiras, em trabalho conjunto com os conselhos de alimentação escolar, que define os cardápios para as escolas. A idéia é envolver também os pais de alunos e entes da sociedade civil na difusão das vantagens de incluir o peixe na merenda alimentar.

Albaneide lembra que os preços do pescado só são elevados porque não há demanda satisfatória, mas, na medida em que haja maior consumo, a tendência é que se torne um produto mais acessível à população em geral. Para a nutricionista, o consumo de pescado deve ser institucionalizado.

Ela informou que a Seap pediu à FAO, o organismo das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, uma pesquisa sobre o mercado potencial para consumo do produto no país. “Trata-se de um alimento importante para o crescimento e desenvolvimento da criança”, destacou Albaneide. Segundo ela, já foram repassados recursos para a Universidade Federal de Pernambuco para o início da capacitação no estado.

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