Os madeireiros do Nortão estão perdendo negócios devido aos preços altos para algumas espécies de madeira estabelecidas na pauta com preços mínimos, feita pelo governo estadual, para embasar a cobrança do ICMS – Imposto Circulação de Mercadorias e Serviços- sobre a venda de madeira serrada e compensada.
A pauta da madeira teve aumento de 10% no mês passado. O setor madeireiro tentou ‘segurar’ o reajuste para algumas espécies, mas foi atendido parcialmente.
O presidente do Sindusmad (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso), José Eduardo Pinto, disse, ao Só Notícias, que as indústrias mato-grossenses estão perdendo mercado para concorrentes de outros Estados devido ao aumento na pauta. No Pará, por exemplo, há espécies com preço pela metade do que praticado em Mato Grosso.
“Estamos perdendo negócios devido a pauta atual, que é a mais cara dos estados Amazônicos. Em alguns precisamos vender abaixo desses preços estabelecidos na lista do governo, mas acabamos pagando o mesmo valor do ICMS da pauta”, revelou. Na prática, a margem de lucro diminuiu e a carga tributária e concorrência aumentaram.
Por enquanto, o setor busca outras alternativas para ‘driblar’ as adversidades e não pretende pressionara a Secretaria Estadual de Fazenda para mudar a pauta porque teve reuniões antes do reajuste na pauta e não conseguiu convencê-la a evitar o reajuste global.
As madeiras mais vendidas pelas indústria do Nortão são o Cambará, Cedrinho, Itaúba, e Peróba, que na atual lista de preços mínimos estipulada pela Sefaz, estão fixadas a R$ 396,00 o cúbico do Cambará, R$ 554 o Cedro e a Peróba. A Itaúba é R$ 713.