A polêmica em relação às medição de toras estocadas nos pátios de madeireiras adotadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na operação ‘Arco de Fogo’, que resultaram em multas em indústrias madeireiras do Nortão, deve ser resolvidas nas próximas semanas. O Ministério Público de Mato Grosso mediou, há alguns dias, reunião entre Ibama, Sema e setor de base florestal e foi criado grupo técnico de trabalho,visando discutir a elaboração de um manual de procedimento uniforme, que deve ser adotado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Isso definiria um critério padrão para fiscalizar a metragem dos estoques e evitaria em prejuízos para as indústrias madeireiras. Na Arco de Fogo, por exemplo, alguns madeireiros justificaram que seguiram norma da Sema que foi descartada pelo Ibama. A maioria das madeireiras acionou a Justiça Federal de Sinop, conforme Só Notícias informou, que acabou anulando os autos e determinando o cumprimento da norma da secretaria estadual que tinha anuência do Ibama.
A iniciativa que buscar uma norma consensual partiu do Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso (Simenorte). “O setor produtivo busca os mesmo objetivos dos órgãos ambientais”, afirma o diretor Ricardo Mastrangelli. O assessor ambiental da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Álvaro Leite, ressalta a necessidade da criação de uma agenda positiva para promover uma forma de trabalho correta e uniforme.
A reunião foi coordenada pelo procurador geral de Justiça, Paulo Roberto Jorge Prado e as conclusões serão discutidas durante os dias 12 a 17 de maio na sede da procuradoria quando se pretende elaborar um manual de procedimento uniforme que será utilizado de base para as autuações ambientais do Ibama e da Sema.