A Secretaria Municipal de Ação e Promoção Social divulgou hoje pela manhã o consolidado da percepção dos avaliadores sobre o cumprimento do Plano de Ação do Programa Selo Unicef Município Aprovado 2009-2012. De acordo com a assessora técnica da Secretaria, Janete Soares, o resultado final foi extramente positivo e mostra aos gestores a impressão da comunidade mutuense acerca do trabalho desenvolvido por Nova Mutum sobre garantia de direitos de crianças e adolescentes. "Já tínhamos uma primeira mostra com o resultado que obtivemos e que nos levou à conquista do Selo Nova Mutum Amiga da Criança, concedido pela Fundação Abrinq e que nos rendeu ainda a conquista na categoria nacional, com outros oito municípios apenas", diz.
A expectativa, agora, volta-se para a perspectiva de obtenção do Selo Unicef Município Aprovado e que só viria, segundo Janete, corroborar todo o trabalho que vem sendo realizado no município, pelo conjunto das secretarias municipais e em parceria com algumas empresas. "Precisamos ter claro que o corpo de avaliadores corresponde a uma representatividade global da nossa sociedade, haja vista exigência do Unicef para que fosse convidados representantes de diversos segmentos", diz.
Quanto ao Plano de Ação, segundo a assessora técnica da Ação Social, a avaliação foi extremamente positiva. Os dados confirmam essa impressão: 85% consideraram que o Plano de Ação favoreceu avanços significativos na garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes do município; 59% consideraram que as atividades planejadas foram realizadas na sua totalidade; 59% consideraram que os prazos definidos no plano de ação foram cumpridos; 68% consideraram que os responsáveis pela execução das ações se articularam e cumpriram o seu papel; 50% consideraram que todos os desafios foram resolvidos durante a implementação do Plano de Ação.
Ainda pela análise dos dados da avaliação feita pelos examinadores, segundo Janete, um fato chama a atenção: "Em que pese vários tipos de ferramentas que o município disponibiliza como meio de informação para a população, divulgando suas ações e convidando para que opinem e deem sugestões em conferências, fóruns, audiências públicas, etc, o principal problema ou dificuldade que eles apontam é a falta de participação da comunidade", pontua.
Para a assessora técnica da Secretaria, a comunidade ainda não está preparada ou então não faz parte do processo por desinteresse mesmo. "Ao longo desse período e em cada ação realizada por qualquer uma das secretarias e também pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança, procuramos sempre dar a conhecer por informações postadas no site oficial da prefeitura e também por material e entrevistas veiculadas pelos meios de comunicação locais, bem como pelas redes sociais, sem falar em outros meios convencionais como convites impressos", diz.
Cultura e Identidade – Na mesma perspectiva estão às avaliações relativas à Cultura e Identidade – Comunicação para a Igualdade Étnico-Racial: 65% consideraram que as atividades planejadas foram realizadas na sua totalidade; 82% consideraram que houve avanços significativos e resultados positivos nessa área no município; 79% consideraram que houve ampla participação da comunidade nas ações e no desenvolvimento dos projetos ligados ao tema; 56% consideraram que todos os desafios identificados foram resolvidos durante a implementação das ações; e 79% consideraram que o trabalho realizado e os resultados obtidos até o momento terão continuidade no município e melhores resultados serão obtidos.
Já quanto aos principais problemas enfrentados, na visão da maioria dos avaliadores, a escassez de recursos – da esfera estadual e também da federal, já que a maior parte das ações é desenvolvida com recursos próprios do município -, como ponto mais importante. Depois, seguem-se, observando a proporcionalidade, a baixa participação da comunidade, tempo escasso, falta de apoio para a implementação de novas ideias, dificuldade de compreensão/entendimento da metodologia, falta de coordenação e articulação dos responsáveis, planejamento inadequado (por exemplo, com prazos pouco realistas, ou por incapacidade de implementar o planejado).
Esporte e Cidadania – Os avaliadores fizeram ainda a análise das atividades propostas para a área de esporte e cidadania. De acordo com o resultado, pode-se observar que: 62% consideraram que as atividades planejadas foram realizadas na sua totalidade; 97% consideraram que houve avanços significativos e resultados positivos nessa área no município; 71% consideraram que houve ampla participação da comunidade nas ações e no desenvolvimento dos projetos ligados ao tema; 53% consideraram que a maior parte dos desafios identificados foram resolvidos durante a implementação das ações; e 85% consideraram que o trabalho realizado e os resultados obtidos até o momento terão continuidade no município e melhores resultados serão obtidos;
Quanto aos principais problemas enfrentados na implementação de ações e obtenção de resultados na área de cultura e identidade, os avaliadores consideraram, na proporção de votos, os seguintes: em primeiro lugar escassez de recursos, falta de participação da comunidade, dificuldade de compreensão/entendimento da metodologia, falta de apoio para a implementação de novas ideias, tempo escassos, planejamento inadequado (por exemplo, com prazos pouco realistas, ou por incapacidade de implementar o planejado) e, por fim, a falta de coordenação e articulação dos responsáveis.
Representatividade – Dos 37 avaliadores, convidados pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), 34 participaram e integraram o público de mais de 360 pessoas presentes ao 2º Fórum Comunitário, realizado na última quinta-feira, no Salão Paroquial da Sagrada Família e que serviu para a apresentação de um balaço geral das atividades desenvolvidas em consonância com os eixos propostos pelo Programa. Os segmentos indicados pelos Unicef foram: Liderança religiosa, Câmara de Vereadores, Radialista ou jornalista, Conselho Tutelar, família atendida pela Estratégia de Saúde da Família, professor do núcleo gestor de Escola Municipal, professor do núcleo gestor de Escola Estadual, empresário ou Comerciante, Associação Comunitária, Sindicatos, profissionais de PSF, artistas, professor da creche municipal, mãe de criança com deficiência, famílias do programa Bolsa Família, adolescentes masculinos, adolescentes femininos, pastoral da criança, conselho escolar, grêmio estudantil, juiz de direito, delegado de policia civil, profissional do cras/creas, movimento social – MST e controle social.
Estandes – O 2º Fórum Comunitário foi marcado ainda pela exposição de projetos que ganharam destaque durante esse período, como por exemplo, a Semana do Bebê, o projeto Lhua – Luz, Humanização e Amor, que atende gestantes. O público também pode prestigiar ações representativas do trabalho desenvolvido pela Vigilância Ambiental, pelas escolas e pelo Centro de Atendimento Integrado à Criança e ao Adolescente (Caica) Marton Lucca, cujas exposições foram organizadas em belíssimos estandes.