Está faltando cimento no Médio Norte de Mato Grosso. A notícia tem por base levantamento realizado junto às lojas de materiais de construção na cidade de Nova Mutum e com base em informações de cidades vizinhas. A indústria que abastece a região, localizada em Nobres, não estaria dando conta de atender a demanda.
Em Nova Mutum muitas obras estão andando a passos lentos devido a falta do produto. Para uma cidade que cresce em ritmo frenético e onde se corre contra o tempo, pois o período de chuvas se aproxima, isso é um problema. Segundo dados do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento Urbano foram emitidos entre janeiro e agosto deste ano 791 alvarás de construção, ou seja, obras que tiveram início. Em todo ano passado foram 613.
Aliando aumento de demanda com escassez de matéria-prima, tem-se um resultado certo: aumento de preço. É o que está acontecendo no caso do cimento. Um saco do produto, que no ano passado chegava ser adquirido a R$10 e no início deste ano passou para R$15, hoje está na casa dos R$27.
Para o empresário local uma situação complicada. Amilton Schneider, proprietário de uma loja de materiais de construção explicou a questão. “Estamos tendo que buscar cimento em outros Estados. O produto chega aqui com um custo aproximado de R$24. Estamos trabalhando apenas para cobrir as despesas e não deixar os clientes na mão”, disse.
Questionado sobre as razões que levaram a essa situação, Amilton respondeu que acredita ser pelo fato das indústrias de cimento não terem se reparado por antecedência. “Acho que elas não imaginavam esse aumento de demanda”, disse. A situação não se restringe apenas a Mato Grosso. As vendas de cimento no mercado brasileiro atingiram 33,297 milhões de toneladas nos primeiros oito meses do ano, uma alta de 14,97% em relação ao observado entre janeiro e agosto do ano passado, quando foram vendidas 28,961 milhões de toneladas de cimento no país.