Uma parte das indústras madeireiras do Nortão buscará ampliar o volume de exportações de madeiras para os países árabes. Após o encontro com o secretário geral da Câmara Árabe Brasileira, Michel Alaby, na última sexta-feira, em Sinop, muitos industriais estão refazendo planos em busca de um mercado promissor.
O presidente do Sindicato das Indústrias do Norte de Mato Grosso (Sindusmad), José Eduardo Pinto, disse que os árabes tem forte potencial de consumo. “Nós podemos verificar que a participação mato-grossense, a participação do Brasil, nas exportações de madeira para os países árabes é praticamente insignificante. O mercado lá é grande e nós não participamos,” disse Eduardo, ao Só Notícias.
Entre as ferramentas para ampliar as vendas, Eduardo disse que a sugestão feita por Alaby, de participação em feiras comerciais, apresentando amostras de compensado e madeira serrada. “Espero agora que os madeireiros nos procurem, envie os catálogos, vamos estar enviando para a câmara, para a participação nas feiras, e também tem as missões empresárias que a federação está fazendo. Acho que é o caminho”, explicou. Segundo ele, o encontro serviu como primeiro passo para o início das negociações. “A explanação de como funciona as negociações com os países árabes, algumas dicas foram colocadas, algumas portas foram abertas”, disse.
Ano passado, Marrocos (US$25,7 milhões), Arábia Saudita (US$16,7 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$15,2 milhões) e Egito (US$7,8 milhões) foram os países que mais importaram madeira, carvão vegetal e obras de madeiras, totalizando, estes, aproximadamente US$65,6 milhões. Contanto com outros 15 países, contabiliza US$83,5 milhões em importações dos itens.
Sinop, ano passado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, exportou US$81,6 milhões, sendo que destes, cerca de US$22 milhões são de madeira ou produtos derivados.
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