O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria, da Construção e do Mobiliário Norte (Siticon), Eder Pessine, avaliou, esta manhã, que o aumento de 8% para os funcionários de indústrias madeireiras não é o ideal mas pode, neste momento, ser considerado satisfatório. A reinvindicação inicial era 14%, porém as empresas ofereceram 8%, bonificação de R$ 70, em dinheiro ou vale-alimentação para os trabalhadores que não tiverem faltas. “Para alguns trabalhadores isso representa um reajuste superior a 14%, um ganho no poder aquisitivo muito bom para os funcionários”, disse, em entrevista ao Só Notícias. Eder considera que o aumento real “está acima da inflação, uma vez que o salario mínimo foi reajustado em 6,7% no começo do ano". O acordo foi fechado com o Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad)
O reajuste passa a valer a partir deste mês e vai até abril do próximo ano em Sinop, Itaúba, Santa Carmem, Cláudia e União do Sul, onde há aproximadamente 5 mil trabalhadores e 300 empresas. Entretanto os trabalhadores receberão retroativamente um percentual de 7,28% referentes aos meses de maio, junho e julho passados. Uma cláusula no acordo prevê que, caso as empresas não cumpram o estipulado, uma multa no valor de um salario mínimo deverá ser paga a cada trabalhador.
Conforme Só Notícias já informou as madeireiras têm como base os pisos salariais dispostos da seguinte forma: nível 01 – R$ 826; nível 02: R$ 883; nível 03: R$ 942; nível 04: R$ 977. Os valores alcançados são o mínimo que cada empresa pode praticar de aumento anual para seu quadro de funcionários.