O Serviço de apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso renovou contrato com um instituto para dar continuidade ao processo de qualificação aos empresários de micro e pequenas empresas na melhoria da festão do turismo, em Alta Floresta e Paranaíta. A intenção é que isso aconteça por meio de estratégias e estímulos à criação de novas oportunidades de investimento e de valorização do setor de viagens e turismo nas cidades impactadas pela implantação da UHE Teles Pires, como parte integrante do Programa de Apoio à Revitalização e Incremento da Atividade de Turismo, da companhia à frente das obras. As ações valem até outubro e o cronograma ainda deve ser detalhado. O extrato foi publicado ontem.
A usina está sendo construída no rio Teles Pires, entre Paranaíta e Jacareacanga (PA), com investimento estimado em R$ 4 bilhões e possui 1.820 MW de capacidade instalada, o suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 6 milhões de pessoas. A altura da barragem prevista é 80 metros, com extensão da 1.650 metros e queda bruta 59 metros. A área do reservatório deve atingir 150 km², com espelho dágua de 135,6 km² (0,075 km²/MW).
As obras têm causado divergências devido suas consequências. O fator positivo é a geração de empregos e ampliação no fornecimento de energia. Mas, os municípios acabam tendo que providenciar mais estrutura (saúde, educaçao, habitação, segurança). No final do ano passado o prefeito de Alta Floresta, Asiel Bezerra, decretou situação de emergência com aumento da população devido a mão de obra na usina, que tornam a cidade polo. Com a vinda de famílias do país inteiro, projeta-se incremento no número de habitantes (49,1 mil no último censo em 2010) em até 14%, diante do pico de trabalhadores estimado em sete mil este ano. A justificativa é que "essas contratações atingem diretamente os serviços públicos na cidade, culminando com o caos administrativo e social, consoante dados oficiais".
Antes, o prefeito de Paranaíta, Antônio Domingo Rufato, também já havia decretado situação de emergência pelo mesmo motivo. Na portaria publicada apontou que o pico de trabalhadores deve chegar a pouco mais de 7 mil, representando 70% no incremento do número de habitantes, que de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), era 10,6 mil em 2010.