As negociações do aumento salarial para os mais de 2,5 mil funcionários das indústrias madeireiras de Sinop, Cláudia, União do Sul, Itaúba, Santa Carmem, entre outras, que ocorrem anualmente, já iniciaram. Recentemente, a categoria participou de uma assembléia organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria, Construção Civil e Mobiliário e definiu o percentual do reajuste: 17%.
De acordo com o presidente do Siticom, Vilmar Galvão, a pauta deve ser encaminhada nos próximos dias ao Sindicato das Indústrias Madeireiras (Sindusmad), que deverá apresentar outra proposta. O percentual é superior ao do ano passado, quando pediam 15%.
Galvão salientou que apesar do setor madeireiro estar passando pela operação Arco de Fogo, com fiscalizações, as conversas serão mantidas. Ele disse, ao Só Notícias, que os sindicalizados entendem o momento pelo qual o setor de base florestal passa, porém, há a necessidade de haver diálogos. “Problema há. Temos que saber que existem mas a partir dele nos recuperarmos”, declarou.
A região Norte concentra o maior pólo madeireiro de Mato Grosso. Ainda segundo o Siticom, as negociações do novo reajuste devem abranger também trabalhadores de Vera, Feliz Natal, além de outros, já que as discussões serão unificadas com os sindicatos.
O piso salarial nas madeireiras varia de acordo com o nível e função que desempenham. Ano passado, o percentual reajustado foi de 5%. As discussões duraram aproximadamente quatro meses.
Em 2006, os dois sindicatos firmaram um aumento, de 5%. O Siticom cobrou 7%, mas o Sindusmad ofereceu a média aceita. Os pisos passaram a valer R$390 para o nível I (auxiliares e trabalhadores braçais), R$435 nível II (auxiliares dos operadores), R$465 nível III(operadores de máquinas e R$480 para a administração e motoristas, que envolvem o nível IV.
Só em Sinop são mais de 200 madeireiras em atividade que empregam cerca de 2 mil trabalhadores.