O governo do Estado conheceu, há poucos dias, uma parte do projeto das pesquisas técnicas no Nortão região Noroeste para descobrir se há petróleo ou gás natural. Um represetante da Brain Tecnologia detalhou as ações para representantes da Secretaria de Meio Ambiente (Sema). A empresa venceu, em dezembro passado, o leilão feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para os estudos de prospecção e levantar a viabilidade de exploração. Dentro de 40 dis, o representante da empresa, Guilherme Pena Castilho entregará o projeto na Sema para ser feito reconhecimento das áreas e, posteriormente, as adequações necessárias no projeto. O próximo passo é emitir a licença provisória, válida por um ano, para pesquisas na Bacia Sedimentar dos Parecis.
Depois da pesquisa ser feita nas áreas propostas a ANP colocará os blocos a Leilão para que qualquer empresa com tradição em prospecção de petróleo possa se habilitar para efetual estudos mais detalhados, trazendo dessa forma, expectativas de desenvolvimento e investimentos para Mato Grosso.
A superintendente do setor na Sema, Lílian Ferreira explica que a proposta apresentada tem que estar compatível com os padrões exigidos para que não aja intervenção no meio ambiente. “Os técnicos da Sema já acompanharam o mesmo projeto proposto no Estado do Piauí e garantem que a intervenção no meio ambiente é muito pequena, ” explica
Conforme Só Notícias já informou, a Petrobrás pretende
investir mais de R$ 30 milhões na Bacia dos Parecis que compreende os municípios de Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Nova Ubiratã, Paranatinga, Rosário Oeste, Sorriso e Santa Rita do Trivelato, numa área total de 14.025,97 quilômetros quadrados. Os primeiros estudos geoquímicos realizados pela ANP na região indicaram a presença de moléculas de hidrocarbonetos, que têm origem em rocha geradora de petróleo.
No parecer produzido pelos técnicos da Sema e disponível no site da ANP, não houve constatação de nenhuma situação que impedisse as atividades exploratórias. Entretanto, o órgão ambiental fez algumas recomendações como o respeito às áreas de preservação permanente protegidas por Lei (veredas, cursos d’água, topo de morro, áreas com declive superior a 45º, bordas de chapada) e, a obediência a legislação em vigor que determina para o cerrado, o percentual de reserva legal a ser mantido de 35%, e, na floresta, de 80%, quando da abertura das áreas de estudos, ainda que sejam apenas trilhas.
Em relação às Unidades de Conservação, um dos blocos (PRC-T-104), apresenta um Parque Municipal, do Córrego Lucas, em Lucas do Rio Verde e o bloco PRC-T-122, apresenta a Área de Proteção Ambiental Estadual do Salto Magessi. Nesse caso, a Sema recomenda que essas áreas sejam mantidas intactas. A exclusão dessas duas unidades já foi informada também pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).