A instalação da hidrovia Teles Pires-Tapajós é uma das principais bandeiras do setor produtivo da região Norte. O frete saindo de Sinop pela BR-163 ao Porto de Santarém (PA) tem um custo de R$ 138,93 a tonelada. De acordo com dados do Movimento Pró-Logística, este mesmo trajeto e carga, pela hidrovia Teles Pires-Tapajós sairia por R$ 50,66. Isto representa uma redução de 63,5% no custo do transporte.
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Mas a vantagem pode ser maior. Os produtos da região são escoados, principalmente, pelo porto de Santos (SP). Segundo os dados do movimento, atualmente o produtor sinopense é obrigado a desembolsar R$ 235,95 por tonelada para levar a produção até o porto paulista parte do trajeto via BR-163 e outra parte via ferrovia. Ou seja, se o produto fosse escoado via hidrovia por Santarém ao invés de Santos, a redução poderia próximo dos 78,5%.
Além de baratear o frete, reduziria o valor do produto e, consequentemente, a obra traria à produção da região mais competitividade em outros mercados. De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato Rural de Sinop, o Médio Norte de Mato Grosso concentra aproximadamente 50% da produção agrícola do Estado, somando cerca de 11 milhões de toneladas de soja, por exemplo. Em um raio de 350 quilômetros de Sinop, centraliza-se 90% de toda produção de Mato Grosso. Com a instalação da hidrovia nesta região, a redução dos gastos com frete também beneficiará o consumidor final.
Segundo o vice-presidente do sindicato, Antônio Galvan, somente com produção do Médio Norte o setor economizará aproximadamente R$ 1 bilhão ao ano em frete no comparativo do rodoviário para o hidroviário a Santarém. “É o modal economicamente viável, menos poluente e que vai gerar menos vítimas fatais, como nas estradas”, explicou, por meio da assessoria.