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Multinacional abrirá 2 mil vagas de empregos este ano em MT

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Uma multinacional, que atua no segmento de industrialização de carnes, com operação nos municípios de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Campo Verde, Nova Marilândia, Mirassol d"Oeste e Várzea Grande, prepara a abertura de dois mil novos postos de trabalho, este ano, em Mato Grosso. A informação foi confirmada pela área de comunicação corporativa da empresa, com sede em São Paulo. A criação das vagas está relacionada ao projeto de expansão e acontecerá de forma gradativa.

Segundo nota, devido à falta de funcionários em Mato Grosso, as contratações estão sendo feitas na região Nordeste e Norte do Brasil. Na semana passada, o jornal Folha de São Paulo trouxe o assunto à tona. É apontado que a multinacional é beneficiária de incentivo fiscal do governo mato-grossense e por conta disso, assumiu o compromisso de gerar empregos. A empresa, por sua vez, declarou que "contrata preferencialmente no estado, porém os trabalhadores locais optam por atividades nos centros urbanos, o que obriga a empresa buscar fora".

Os funcionários vindos de outros estados são encaminhados principalmente para os municípios de Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. Apenas a unidade de Várzea Grande não requer tal prática, pois no local há disponibilidade. A multinacional destaca que os salários pagos para os trabalhadores naturais do estado são idênticos aos pagos para aqueles trazidos de fora, uma vez que a política salarial e de benefícios é única para Mato Grosso. Entre as seis plantas industriais existentes hoje no Estado, já são 10 mil funcionários.

O jornal paulista conversou sobre o assunto com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentos de Mato Grosso, Sidney Amorim, que disse não ter sido avisado sobre as contratações. "Ao menos em Cuiabá, posso assegurar que há mão de obra disponível", afirmou. Na cidade de Teresina (PI), onde um processo de recrutamento e seleção foi lançado no início de janeiro, formou-se longa fila, com mais de 2 mil pessoas na porta do Sistema Nacional de Emprego (Sine).

Sérgio Romani, superintendente de Indústria, da Secretaria de Estado de Industria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), declarou que a falta de mão de obra é uma realidade no estado. Ele aponta também que "a lei diz ser preciso gerar empregos, mas nada fala sobre a origem dos trabalhadores", de maneira que as contratação não ferem os termos do benefício concedido.

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