Desde o trágico atentado na fábrica de tecidos que matou 129 operárias reivindicando melhores condições de trabalho nos Estados Unidos – em 1857 – até os dias de hoje, as mulheres vêm conquistando o seu espaço e se consolidando em todas as áreas, especialmente no mercado de trabalho. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), o ingresso das mulheres no mercado formal em 2006 teve aumento de 6,59% superando o crescimento de vagas ocupadas por homens (5,21%).
Os níveis de escolaridade também aumentaram. A variação relativa das 883.198 mulheres que conseguiram emprego formal em 2006 de acordo com o grau de instrução, registra uma variação de 11,7% para o ensino médio completo e 4,74% para nível superior. Em 2005, 844.647 mulheres foram empregadas formalmente.
Embora o crescimento seja significativo, elas ainda estão em desvantagem se comparadas aos homens: elas passam mais tempo desempregadas que eles e recebem salários menores. De acordo com a RAIS, os homens ainda recebem salário maior do que as mulheres. A remuneração média de um trabalhador do sexo masculino é de R$1.327,08 enquanto as mulheres recebem R$1.103,47, uma variação de 16,8%.
Esse dado predomina em quase todo o país, exceto no Amapá e no Distrito Federal, onde as mulheres inseridas no mercado formal recebem salário médio um pouco maior do que os homens: 2,7% e 1,3%, respectivamente.
Mas as mulheres estão ocupando o seu espaço no mercado, inclusive ‘tomando’ postos historicamente de participação hegemônica masculina. A RAIS registra 3.991 mulheres trabalhando como motorista de caminhão e 1.982 como motorista de ônibus urbano. No entanto, mesmo realizando as mesmas atividades, a mulher continua recebendo menos. A diferença salarial é de R$ 105,66 e 136,05, respectivamente.
Atualmente, as profissões que mais empregam mulheres são: escriturárias, vendedoras, demonstradoras e adminstradoras.