Pesquisa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em Mato Grosso comprova que as oportunidades de obter emprego no mercado de trabalho formal do Estado estão voltadas para os jovens. A ‘Pesquisa de Identificação das Demandas por Capacitação Profissional e Serviços Técnicos e Tecnológicos na Indústria do Estado de Mato Grosso’ mostra que 72% dos trabalhadores têm, no máximo, 39 anos de idade.
“Nas faixas etárias ‘até 17 anos’ e ’18 a 24’ comprova-se uma expansão dos postos de trabalho. A partir daí, os percentuais de crescimento são sempre negativos, acentuando-se para as faixas etárias mais avançadas”, revela o diretor regional do Senai-MT, Gilberto Figueiredo. A pesquisa, que tem a finalidade de identificar as demandas atuais e futuras de capacitação profissional em Mato Grosso, será apresentada nesta quinta-feira (08.11), durante o evento de lançamento do programa ‘Educação para a Nova Indústria’, na sede da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt).
“Foi realizado um amplo estudo que servirá para indicar quais são os cursos e os serviços técnicos e tecnológicos que devem ser ofertados pelas unidades do Senai em todo o Estado. Nós já realizamos esse tipo de pesquisa, porém, dessa vez, os dados são mais abrangentes”, informa o diretor. O levantamento foi realizada nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra, Juína, Cáceres e Barra do Garças. Foram pesquisadas as seguintes atividades econômicas: alimentos e bebidas, artefatos de couro, construção, energia, madeira, metalurgia e siderurgia, produtos de minerais não-metálicos, serviços de reparação e manutenção de veículos e vestuário.
Foram entrevistadas 111 empresas, por meio de duas estratégias de coleta de dados: levantamento de dados secundários e pesquisa de campo. O primeiro serviu para organizar e analisar macroindicadores sobre a dinâmica sócio-econômica e estrutura de trabalho do Estado. Já a pesquisa de campo foi realizada por meio de entrevistas com lideranças empresariais e do poder público para obtenção de informações qualitativas, e aplicação de questionários nas indústrias para dispor de informações quantitativas.
A pesquisa também considerou análise de dados secundários, tendo como fontes principais o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Censos e PNADs, e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS e Caged. Com a perspectiva de visualizar o posicionamento de Mato Grosso em relação à região centro-oeste e o restante do país, foram abordados diversos temas, como níveis de emprego versus contingentes populacionais – população residente e economicamente ativa, ocupados e desempregados – informalidade e precariedade do trabalho, mercado de trabalho formal e sua evolução.