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MT precisa fomentar qualidade da madeira para exportação

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A transformação da matéria-prima em estágio bruto, a exemplo das commodities exportadas por Mato Grosso, em produtos agregados é o principal desafio da cadeia produtiva para se consolidar e estender as chances de fomento a competitividade no mercado internacional. Este é o principal desafio apontado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex), para o Estado, bem como o cenário nacional a ser alcançado.

Para o gestor de projetos Avay Miranda Júnior, as unidades da federação precisam levar em conta não apenas a destinação de diferentes produtos ao mercado internacional. Ele defende maior industrialização, levando-se em conta as condições de mercado.

“Precisamos trabalhar com a agregação aqui. Nos interessa vender o farelo de soja para a Holanda, ou o frango, a carne de porco, a carne bovina? Este envolvimento de agregação de valor interno é substancial para subirmos de país eexportador de commodities”, declarou, em entrevista ao Só Notícias.

Em Mato Grosso, grande parcela das exportações é liderada pelo complexo agrícola. No acumulado de janeiro a agosto, por exemplo, de grãos de soja, mesmo triturados, as vendas somaram US$2,6 bilhões, ou 56,64% do volume total. Bagaços e outros resíduos extraídos negociados US$696 milhões (14,73%). Avay Júnior explica que entre as formas de agregar valor a matéria-prima está sua inserção em outros cadeias produtivas.

“Há uma gama que pode ser feita a partir do produto básico nacional. O desafio é entender o desejo do consumidor mundial para fazer aquilo que deseja comprar”, salientou, lembrando que investimentos em aviários, abatedouros, criatórios de suinos, entre outros, “são algumas das formas de se agregar valor ao produto soja, tão abudante em Mato Grosso”.

O desafio para o país é, segundo o gestor, mostrar suas potencialidades quanto a transformação de matéria bruta. Tratando do setor madeireiro, o representante da agência lembra a necessidade de tornar mais visível a produção interna brasileira.

“O essencial é promover a imagem para que o mundo possa ampliar suas compras e possamos ocupar uma fatia de mercado de produtos com alto valor agregado. Não nos interessa exportar tora, mas lâminas, pisos, entre outros. Este é o dever de casa, modernizar equipamentos, investir no atendimento ao consumidor e melhorar a imagem socioambiental”, considerou.

Segundo Avay, é preciso “falar ao consumidor mundial a qualidade do produto” porque, tratando especificamente da madeira, poucos têm conhecimento da excelência da produção local e nacional. “Ocorre que o mercado europeu, americano, asiático não conhece. A resistência, a beleza e a plasticidade, precisamos mostrar isto, investir em desenvolvimento de novas tecnologias, adequação as normas internacionais”, salientou.

Por outro lado, para a Apex, há a necessidade uma ação conjunta entre Governos, setor produtivo e sociedade para superação dos entraves existentes entre cada setor, incluindo-se neste universo questões tributárias, funcionamento, entre outras. “É juntar esforços para melhorar este processo”, ressaltou.

Quanto a novos investimentos – indústrias – para transformar a matéria-prima mato-grossense, o secretário de secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Pedro Nadaf, diz que o Estado tem realizado um mapeamento das regiões produtivas para incentivar a vinda de empresas. “Estamos com uma política de mapear as deficiências de alguma regiões com logística, mão-de-obra, para levarmos novos empreendimentos”, falou.

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