A morosidade na liberação de licenças por parte da Secretaria Estadual de Meio Ambiente para indústrias madeireiras desenvolverem suas atividades comerciais voltou a ser discutida por representantes do setor. A falta de estrutura é o principal problema, avaliou o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad), José Eduardo Pinto. “A grande maioria dos documentos que são necessários é feita por Cuiabá. As regionais dão suporte mas não podem emitir essas licenças. A situação está grave porque a Sema está sem estrutura. Não é só com manejo, que é a base, mas também temos dificuldades CC-Sema (cadastro de consumidores) a LO [ taxa de Licença Operacional], LAU. O setor está realmente sofrendo com isto”, criticou, em entrevista ao Só Notícias.
O presidente reforçou que a morosidade na secretaria não é única adversidade enfrentada pelas indústrias madeireiras. “Na verdade estamos tendo problemas em várias coisas. Uma hora é site que não funciona, outra é Sefaz, ou em outra é greve como no Indea que também está com problemas de estrutura”, disse. No mês passado, por exemplo, a classe ficou com carregamentos parados por cerca de dois dias devido a problemas com o sistema de emissão de Certificado de Identificação de Madeira (CIM) pelo Indea.
A falta de estrutura nos principais órgãos ligados ao setor é constantemente lembrada pela classe que, chegou a discutir o assunto com o governador Silval Barbosa em abril deste ano. Na ocasião, o gestor estadual sinalizou a criação de um superintendência específica (dentro da Sema) atender para o setor pois a criação de uma secretaria específica necessitaria de mais estudos aprofundados.
O Sindusmad é composto por mais de 200 associados de 32 municípios.