Representantes de associações e entidades, além de usuários do transporte coletivo em Cuiabá, programaram uma panfletagem para às 11h de hoje, em frente à Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (MTU), para protestar contra o aumento da tarifa, cuja intenção é admitida pela prefeitura.
Os organizadores do protesto dizem que a intenção é informar a sociedade quanto ao possível aumento para R$ 2,40. Argumentam que o reajuste não condiz com as condições oferecidas como ônibus velhos, falta de ar-condicionado e superlotação.
O Ministério Público Estadual conquistou uma liminar que proíbe qualquer aumento sem que seja provado que os cálculos da tarifa têm critérios coerentes e bem definidos. O promotor de Cidadania e Defesa do Consumidor, Alexandre Guedes, disse que são utilizadas planilhas diferentes para o cálculo, sem padrão. Já a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU) alega seguir os critérios definidos pelo Ministério dos Transportes.
Segundo o secretário da pasta, Elismar Bezerra, o Conselho Regional de Economia e técnicos da SMTU já estão trabalhando para estabelecer o novo valor, conforme o determinado pela decisão judicial. Ele garante que nova tarifa ainda não está definida. Após a conclusão dos dois relatórios, os números são apresentados ao Conselho Municipal de Trânsito, que vai votar um limite do valor, a ser escolhido pelo prefeito Wilson Santos.
Bezerra disse ainda que não há motivo para o “ódio mortal” dos manifestantes contra o governo municipal e voltou a cobrar participação e incentivo do governo federal no pagamento da passagem.
