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Ministro exalta Mato Grosso e diz que interesse de investidores na Ferrogrão mostra confiança no agronegócio 

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

O interesse de investidores na Ferrogrão, projeto ferroviário de mais de 900 quilômetros de extensão, entre Sinop e o porto de Miritituba (PA), mostra a confiança no agronegócio da região Centro-Oeste e na proposta elaborada pelo Governo Federal. A avaliação é do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. “O mais difícil em um projeto desse é achar investidor e, por incrível que pareça, o investidor nós temos”, afirmou, durante encontro com a Frente Parlamentar de Agropecuária (FPA), ontem.

De acordo com Freitas, o projeto ferroviário pode ser leiloado durante o segundo semestre. A expectativa é de que a Ferrogrão sirva como reguladora de tarifa dos transportes de carga do país. Segundo o Ministério, o aumento na oferta de infraestrutura deve contribuir para a redução dos fretes rodoviários, que já ocorreu de forma mais modesta a partir da pavimentação completa da BR-163, em 2019. Além disso, a avaliação é de que a ferrovia também vai valorizar a movimentação nos portos do Arco Norte, fomentando uma nova saída aos produtores.

O ministro ainda aproveitou a reunião com os parlamentares para exaltar Mato Grosso. Ele lembrou que o Estado produz 65 milhões de toneladas de grãos por ano e, segundo estudos, pode chegar a produzir até 120 milhões de toneladas dentro de nove anos, o que tem chamado a atenção dos investidores. “Tem muita gente que acredita no Mato Grosso. Tem produtor fazendo 80 sacas por hectare. Ninguém produz isso no mundo. É mais do que o dobro do que o americano faz”, disse Tarcísio, conforme divulgado por sua assessoria de imprensa.

Os processos para implantação da Ferrogrão seguem paralisados por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em março deste ano, ele concedeu liminar a pedido do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), suspendendo dispositivos da Lei nº 13.452/2017, oriunda da Medida Provisória (MP) nº 758/2016, que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará, para passagem da ferrovia. Moraes entendeu que a alteração de limites causaria danos ambientais e deve ser feita via projeto de lei e não por MP, de acordo com a tese defendida pelo partido. A decisão ainda será analisada pelo plenário do STF, com o voto dos demais ministros. 

Desde a decisão do ministro, já pediram para ingressar na ação e defender a ferrovia a Confederação Nacional de Agricultura (CNA), o Fórum Agro MT, que congrega diversas entidades ligadas ao agronegócio em Mato Grosso, e a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja). Ainda não há definição sobre esses pedidos. 

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