O secretário da pasta de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ricardo Tomczyk, acompanhou o ministro de Hidrocarburos da Bolívia, Luis Alberto Sánchez, em visita à Cuiabá, nesta quarta-feira (05.04). O encontro teve como objetivo estreitar relações comerciais com o país vizinho, que veio em busca de mercado consumidor para ureia e de restabelecer um novo contrato de fornecimento de gás natural para Mato Grosso.
Sánchez e sua equipe conheceram o distrito industrial, área que demanda grande consumo de energia, e também puderam visitar a Usina Termelétrica de Cuiabá, que consome 2,2 milhões m³/dia de gás natural.
Por ser menos poluente, o gás natural tem baixo impacto ambiental. Em operação desde 2002, a Usina Termelétrica de Cuiabá gera até 480 megawatts de energia, o que equivale a 47% de toda a energia consumida no Estado em 2015. O gasoduto possui 645 Km de extensão, sendo 283 km no lado brasileiro e 362 km no lado boliviano.
A comitiva do governo boliviano esteve também, na sede do grupo Bom Futuro, em Cuiabá, onde puderam conhecer um pouco sobre o mercado agrícola, que demanda grandes quantidades de insumos na produção, como a ureia. De acordo com Sánchez, dentro de um mês, a indústria de ureia deve entrar em funcionamento e visa o mercado mato-grossense, por ser um gigante na produção de grãos.
Segundo Tomczyk, o governo boliviano já anunciou o asfaltamento de 315 km, de Santa Cruz de La Sierra a San Ignácio de Velasco. “Isso vai viabilizar enormemente, o comércio entre os dois países, e dará acesso, competitividade logística muito maior do que a que temos hoje, pois tanto para vender como para comprar produtos da Bolívia teríamos que fazer o trajeto por Corumbá (MS). E com esse asfalto temos um encurtamento significativo dessa distância”.
O governo boliviano pretende ampliar o comércio. “Esperamos ampliar o comércio entre Bolívia e o Estado de Mato Grosso, que é um gigante. São vários temas como produção de ureia, e um mercado que visualizamos é Mato Grosso, por sua grande extensão de cultivos. Queremos também, trabalhar juntos na elaboração de um contrato a partir de 2019, de fornecimento de gás natural para a termelétrica, para a geração de energia”, destacou o ministro de Hidrocarburos da Bolívia, Luis Alberto Sánchez.
Tomczyk reforça ainda, que todas essas notícias são extremamente significativas. “É um mercado novo que se abre para os produtos mato-grossenses e a possibilidade de um contrato maior e constante de gás irá viabilizar novos investimentos na distribuição do combustível no estado”.