Desativada desde setembro, a usina termelétrica de Cuiabá deve voltar a operar. O anúncio foi feito pelo ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). A unidade, controlada pela Shell e pela Ashmore Energy, estava parada por falta de gás da Bolívia, e passará a trabalhar com óleo.
Além da térmica de Cuiabá, o ministro disse, a Reuters, que a Petrobras vai substituir parte do gás natural que utiliza em seus processos industriais por outros insumos, como nafta ou óleo. Com isso, a estatal liberará mais gás para as térmicas, o suficiente para gerar mais 750 megawatts. “Não há risco (racionamento), mas os reservatórios do Nordeste estão muito baixos, e o CMSE decidiu manter todas as térmicas que já estavam operando e além disso acrescentar um pouco mais”, declarou.
Diretores da Petrobras informaram que o gás natural utilizado nas refinarias já estava sendo substituído, assim como o processo de produção que injeta gás nos poços para otimizar a produção de petróleo.
Hubner se disse otimista com as perspectivas de chuvas nos próximos dias, e que seria possível desligar algumas térmicas já em fevereiro. As de custo mais baixo, no entanto, serão mantidas no sistema para evitar problemas em 2009.