O prefeito Nilson Leitão afirmou que estará criando, ainda este ano, uma lei determinando a implantação de microbacias nas propriedades rurais do município. Muitas lavouras avançaram, segundo o prefeito, praticamente às margens das estradas e a água da chuva acaba deságuando diretamente nas estradas vicinais, provocando erosões e vossorocas.
Um exemplo claro em Sinop é a estrada Leonora, onde uma grande cratera está impedindo o tráfego e dificultando o escoamento da safra agrícola. A questão, de acordo com o prefeito, será amplamente discutida com o Sindicato Rural e outras entidades, mas a implantação da lei é um objetivo primordial para este ano, pois a prefeitura não pode se omitir nesta questão que envolve custos para a recuperação das estradas e também afeta o meio ambiente.
A microbacia se apresenta como uma mudança de paradigma, a partir de uma compreensão mais sistêmica por parte dos agricultores e dos técnicos do ambiente em que vivem e gerenciam. São reconhecidas como unidades de planejamento, intervenção e monitoramento, onde se conseguem reduzir as variáveis ambientais, sociais e econômicas, permitindo um trabalho mais eficiente.
Em Santa Catarina por exemplo, o Projeto de Recuperação, Conservação e Manejo dos
Recursos Naturais em Microbacias Hidrográficas buscou também promover o de-
senvolvimento sustentável da agricultura, por meio de práticas adequadas de manejo do solo e da água, visando aumentar a renda e melhorar a qualidade de vida da população rural. Sua estratégia baseou-se no aumento da cobertura vegetal, no controle do escoamento superficial das águas da chuva e na melhoria da estrutura física dos solos.
O planejamento ambiental por microbacia hidrográfica, por outro lado, apresenta a vantagem de concentrar as ações numa área geográfica definida previamente com o auxílio de cartas topográficas e delimitada pelos divisores de água, que são os topos dos morros, de onde fluem as águas da chuva para as partes mais baixas do
terreno, formando os cursos d’água.