Enquanto no campo os trabalhos de colheita da safra agrícola seguem em passos largos, no setor madeireiro de Mato Grosso o ritmo não é o mesmo. Para empresários, mesmo sendo esta uma época de ‘colher a floresta’, extraindo a madeira das diferentes áreas de manejo, os trabalhos seguem noutra escala, influenciada principalmente pelas atuais condições de mercado. O Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado (Cipem) aponta que mesmo passados três meses deste novo ano o mercado ainda está tímido porque ainda se verificam os efeitos das adversidades econômicas que impactaram sobre o mundo. O presidente da entidade, Jaldes Langer, destaca que “o setor está cauteloso”.
A ordem do dia, conforme explica, é retirar da floresta aquilo que já está assegurado por negócios concretizados. “Isto reflete em todo o Estado”, resume o sindicalista. Langer, também vice-presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad), reitera que algumas medidas adotadas recentemente podem também ser favoráveis ao setor. Entre elas, a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre os materiais de construção, que pode propiciar recuperação nas vendas já que a maior parcela dos produtos do setor madeireiro é destinada para construções residencial, industrial, predial. “Fácil é produzir. O difícil é vender”, reiterou Langer, ao Só Notícias. Em janeiro, o Sindusmad já havia estimado para o início do ano lentidão nos negócios do setor, que atualmente é a base da economia de muitas cidades na região Norte. Só em Sinop são mais de 150 indústrias.