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Medidas beneficiam poucos setores econômicos, diz Fiemt

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O anúncio do pacote de medidas para estimular a economia do país, divulgado pelo governo federal, esta tarde, anima empresários da construção civil de Mato Grosso, um dos setores beneficiados. “A iniciativa trará a desoneração de custos para esse importante setor da economia mato-grossense, e toda redução de carga tributária é sempre bem-vinda”, avalia o presidente do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt), Mauro Mendes. Grande gerador de empregos no país, o setor de construção civil vinha sofrendo uma perda de competitividade pelos sucessivos aumentos de preços de seus insumos. “Com a redução de alíquotas de IPI para diversos produtos utilizados nas construções, o setor fica mais competitivo. Assim, programas como o de habitações, lançado na semana passada pelo governo federal, acabarão transmitindo mais renda à sociedade, ao invés de realimentar os cofres do governo com o crescimento de arrecadação decorrente do aumento do consumo destes insumos”. Para o presidente, o custo mais baixo desses produtos impulsionará também o mercado da autoconstrução (pequenas reformas domésticas), importante elemento no desenvolvimento social brasileiro.

No entanto, a abrangência restrita das medidas é vista como um ponto negativo, visto que a redução de tributos afetará poucos setores da economia. “Mesmo com a essa vantagem, a medida ainda é específica e atende apenas alguns segmentos. O ideal seria uma política econômica que trouxesse reduções do tipo horizontal, em que todos os setores fossem beneficiados com medidas mais amplas como, por exemplo, a redução da taxa de juros”.

Para Mendes, se o governo mexesse na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), a ação sinalizaria positivamente em todos os setores econômicos e o retorno viria, imediatamente, em investimentos. “Manter a TJLP em 6,5% ao ano foi uma decisão que, infelizmente, não contribuirá para alavancar de maneira mais firme o investimento privado, variável tão necessária para a retomada do crescimento sustentável”.

De acordo com o presidente do Sistema Fiemt, desonerar investimentos e o custo do emprego no país (com reduções de impostos sobre bens de capital e de encargos sociais para as empresas), da taxa de juros real, da Selic, do Spread – diferença entre a taxa que o banco paga quando capta recursos e quando empresta – são medidas de política econômica do tipo horizontal que também contribuiriam para o aquecimento da economia, atingindo diversos setores simultaneamente.

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