Mato Grosso registrou em janeiro crescimento real de 17,5% no setor de serviços. O resultado, confrontado com igual intervalo do ano passado, foi o melhor do país. Outros estados que obtiveram taxas positivas foram pela mesma base comparativa foram Roraima (11,2%), Alagoas (6,3%), Mato Grosso do Sul (3,8%), Rondônia (1,4%) e Ceará (0,4%). Contudo, o encolhimento do volume de serviços em outros 20 estados brasileiros puxou para baixo a taxa média nacional, que pontuou negativamente em 5% no início deste ano. Os piores resultados foram verificados no Amapá (-19,1%), Amazonas (-14%), Pernambuco (-11,4%), Maranhão (-11,3%) e Espírito Santo (-11,2%), conforme a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sextafeira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o gerente da pesquisa, Roberto Saldanha, o agronegócio é a atividade que estimula no Estado outros setores da economia e que, por sua vez, espelham o crescimento agrícola. “No caso de Mato Grosso, que teve maior crescimento, o transporte puxou o resultado em função da movimentação do setor agrícola”. Saldanha faz referência tanto ao transporte rodoviário quanto ferroviário.
O diretor da Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC), Miguel Mendes, discorda da avaliação do pesquisador e diz que a atividade enfrenta dificuldades em função da conjuntura econômica negativa do país e de entraves anteriores, como o aumento da concorrência e elevação dos custos de operação.
Receita nominal- Sem descontar o índice da inflação, o crescimento do setor de serviços no Estado atinge 25,9% no primeiro mês de 2016, sobre igual intervalo do ano passado. No país, a taxa se manteve negativa em 0,1%. Por essa base comparativa, os destaques positivos foram, além de Mato Grosso, o Distrito Federal (15,4%), Roraima (15,4%), Mato Grosso do Sul (10,1%) e Alagoas (8,6%). Já as maiores retrações anuais foram observadas no Amapá (-19,4%) e no Amazonas (-11,2%).
Na avaliação do presidente da Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio), Hermes Martins, com a retração do comércio que impulsionou demissões no setor, muitos trabalhadores tornaram-se prestadores de serviços como microempreendedores individuais (MEIs) e isso também impacta no desempenho do setor de Serviços.