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Mato Grosso tem 8º maior índice de “posse de carros”

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Mais da metade dos domicílios mato-grossenses “dispõe” de automóveis ou motocicletas para atendimento dos deslocamentos dos seus moradores. Em aproximadamente 55% constata-se a existência de um dos dois meios de deslocamento. Para o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, esse dado retrata o estágio atual do processo de mudança do perfil de mobilidade da população brasileira, que vem utilizando cada vez mais o transporte motorizado individual nos seus deslocamentos.

Mato Grosso é o Estado com o oitavo maior percentual de posse de veículo privado, isto é, onde há carros ou motos para uso dos moradores. Santa Catarina e Paraná possuem a maior incidência. No primeiro, por exemplo, cerca de 70% dos domicílios possuem carro ou moto. No Paraná são 61,7%. O Distrito Federal concentra a terceira maior posse, pois 59,7% dos lares contam com ao menos um veículo privado. De acordo com o Ipea, os Estados do Norte e do Nordeste do país apresentam os menores índices de motorização por domicílio, sendo que Alagoas tem o menor percentual (26,3%).

No Brasil, o instituto identificou que de 2008 para 2009 o percentual de domicílios que possuíam automóvel ou motocicleta subiu de 45,2% para 47,0%, com tendência de aumento acentuado. O estudo do Ipea mostrou ainda que o automóvel continua sendo o principal veículo de posse das famílias. Em torno de 38% dos lares há registro de posse desse veículo, sendo que na área urbana a posse de automóvel é quase o dobro da encontrada na área rural.

Por outro lado, verifica-se que na área rural a posse de motocicletas pelos moradores dos domicílios apresenta um percentual muito superior ao observado nas áreas urbanas, superando inclusive a posse de automóvel, o que indica uma praticidade grande desses veículos nas atividades e deslocamentos rotineiros realizados pela população rural.

As motocicletas estão presentes em cerca de 15% dos lares brasileiros, percentual que tende a crescer rapidamente devido ao aumento das vendas, principalmente para a população mais pobre, em função dos preços acessíveis das motocicletas de baixa cilindrada. O problema do aumento da posse de motocicletas pelas famílias brasileiras é o correspondente aumento das vítimas de trânsito. Estudos sobre custos de acidentes do Ipea mostram que os acidentes com moto apresentam uma probabilidade cerca de três vezes maior de ocorrência de vítimas que os acidentes com automóvel, informa o instituto.

Mesmo com o crescimento nas taxas de motorização, boa parcela da população ainda depende do transporte público. Em Mato Grosso, em 45,1% dos lares não há nem carro nem moto para utilização pelos moradores.

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