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Mato Grosso tem 304 fazendas autorizadas a vender para Europa

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Mato Grosso possui 304 propriedades habilitadas a exportar carne bovina in natura à União Europeia. Essa quantidade representa 16,6% do volume total de fazendas brasileiras autorizadas a embarcar o produto a esse bloco econômico. No país, segundo dados do Ministério da Agricultura, são 1,827 mil Estabelecimentos Rurais Aprovados Sisbov (Eras), número que é 150% maior que o contabilizado no mesmo período de 2008. O governo afirma que as mudanças propostas pelo novo Sisbov não vão interferir no trabalho de auditoria das propriedades rurais.

Para o setor pecuário estadual, o ministério tem de disponibilizar mais pessoas para fazer as auditorias e assim reduzir a fila e espera de fazendas à espera de visita técnica. “Muita gente tem interesse de ter a fazenda auditada e aprovada pelos veterinários e começar a vender ao bloco europeu”, revela o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Ele acrescenta que é de interesse do pecuarista atender esse mercado, uma vez que o gado exportado à UE é melhor remunerado que o destinado a outros mercados, justamente por ter um rigor maior na liberação das fazendas.

De acordo com a nova proposta do Sisbov, o pecuarista que aderir ficará sujeito às restrições aplicadas imediatamente após a constatação de alguma irregularidade. Como exemplo, a portaria nº 459 descreve que “a constatação da inclusão de identificação individual de animais na Base Nacional de Dados do Sisbov (BND) sem a aplicação do respectivo elemento de identificação individual (que pode ser por brinco, marcação a fogo ou tatuagem) pelo produtor rural implicará na perda de todos os seus animais, não podendo o produtor rural ter animais certificados pelo período de três anos”.

Ainda conforme o texto, em caso de reincidência será duplicado o período em que o produtor rural não poderá ter seus animais certificados. O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Inácio Kroetz, complementa dizendo que “a cada movimentação dos animais entre as propriedades há necessidade de atualização da identidade com a nova fazenda, sem perder a relação desse animal com o estabelecimento de origem”.

 

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