Mato Grosso conquistou o sonhado sexto lugar no ranking de exportações brasileiras. Deixando para trás, desta vez, o Pará. O secretário de Estado de Indústria, Comércio Minas e Energia, Pedro Nadaf, explica que este aumento nas vendas é resultado de várias ações do Governo de Mato Grosso, incluindo as missões técnicas internacionais realizadas em parceria com vários outros órgãos e entidades. O incentivo à industrialização também foi fundamental para aquecer o comércio exterior.
A novidade não é só essa. Enquanto os outros Estados registram índices negativos nas vendas, Mato Grosso responde por 6,45% do total das vendas externas do país e mantém a maior taxa de crescimento nacional. Nadaf diz que em maio no Centro-Oeste, o Distrito Federal registrou apenas 1% do total das exportações da região que atingiram cerca de US$ 5 bilhões. Mato Grosso do Sul foi responsável por 12% e Goiás por 23%. Enquanto isso, Mato Grosso exportou 64% do total do Centro-Oeste, o que equivale a cerca de US$ 3,34 bilhões.
Nadaf destaca que esse valor é pelo menos 27% maior do que o apresentado no mesmo período do ano passado, correspondendo a 36% do saldo comercial do país. A Ásia (46%) e a União Européia (36%) continuam como os principais destinos dos produtos mato-grossenses. A China aparece com 30% individualmente, seguida da Holanda (10%), Espanha (6%) e Reino Unido (4%). Mesmo com a crise, estes números mostram que é possível um cenário de crescimento econômico para Mato Grosso.
EQUILÍBRIO
A soja continua ocupando o primeiro lugar no ranking dos produtos mais exportados em Mato Grosso. O acumulado até maio deste ano é de US$ 2,76 bilhões, o que significa um aumento de 21,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse aumento equilibra a queda nas exportações de carne que também está entre os principais produtos exportados pelo Estado. No acumulado entre janeiro e maio a queda no valor na venda da carne foi de 18,7% e 4,9% em volume. Esta queda foi estimulada, principalmente, pela carne bovina que diminuiu em valor 29,7% e 11,4% no volume.
O complexo soja responde por 75% do total das exportações estaduais. O valor exportado de soja-grão de US$ 2,11 bilhões, contra US$ 1,70 bilhão do ano passado, apresentou crescimento de 24% em valor e aumento ainda mais significativo de 41,5% na quantidade física, dado a queda de 12% no preço internacional do produto. A China, a Espanha e a Holanda são os principais destinos das vendas de soja-grão, com 49%, 10% e 8% respectivamente. “Mato Grosso respondeu, isoladamente, por 44,4% das exportações de soja-grão do país, por 29,7% do farelo de soja, por 27,3% do óleo de soja e por 13% de glicerina”, ressalta Nadaf.
As vendas de farelo também registraram incrementos de 19,8% em valor e de 23,5% em volume físico, já atingindo 1,5 milhões de toneladas, mesmo com a redução de 3% no preço internacional. A Holanda, a Tailândia, a França e a Espanha, são os principais mercados para o produto.