Março terminou com saldo positivo para as concessionárias de Mato Grosso. No terceiro mês do ano foram emplacados 8.984 veículos no Estado. O índice, que engloba as categorias de automóveis (carros de passeio), comerciais leves (caminhonetes), caminhões, ônibus e motocicletas, é 15,8% maior do que o registrado em fevereiro, quando foram comercializados 7.753 veículos.
Do total de emplacamentos, 4.594 unidades referem-se a carros de passeio e comerciais leves, que registraram elevação de 13,43% em relação a fevereiro. Se comparado com o mesmo período de 2012 o aumento foi de 4,98%. A categoria de caminhões e ônibus teve leve crescimento no mês passado. Com 484 veículos emplacados no total dos dois segmentos, o incremento foi de 17,48%. Em comparação com 2012 a elevação foi maior, 57,65%. Em março foram emplacadas 3.906 motos, o que representou aumento de 18,69% ante fevereiro.
De acordo com análise do diretor regional da Federação Nacional de Distribuidores de Veículos em Mato Grosso (Fenabrave-MT), Manoel Guedes, o mercado de motocicletas está enfraquecido há alguns anos. “A aprovação de crédito é um dos fatores que influenciam esse enfraquecimento. Outro fator é o consumidor, que diferente dos carros, não costuma comprar motos todos os anos e nem fazer trocas, o que dificulta ainda mais o mercado”.
Sobre o setor de veículos, Guedes comenta que a elevação foi pequena, mas que nos próximos meses pode aumentar com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). “A prorrogação do menor valor no imposto deve continuar fomentando o setor até o final do ano, mas não teremos grandes números já que os clientes têm até dezembro para comprar”.
O segmento de pesados que aumentou em 57,65% o número de emplacamentos foi o grande fôlego do último mês. Guedes explica que este setor está vivendo um momento promissor com incentivos do governo, mas ainda enfrenta algumas dificuldades. “Mato Grosso é movimentado pelo agronegócio e necessita de veículos pesados em diversos setores, principalmente em colheita de safra. Mesmo com a vinda de novas marcas do segmento para o Estado, os consumidores preferem as tradicionais e muitas vezes enfrentam fila de espera até a chegada do veículo”.