Mato Grosso receberá o aporte de R$ 7,5 bilhões nos próximos três anos. Os recursos serão aplicados em diferentes cadeias produtivas no Estado, provenientes do Projeto Regional Centro-Oeste, cuja agenda de compromisso foi assinada nesta quarta-feira (21) pelo Banco do Brasil e o governo do Estado para o desenvolvimento estadual. Na lista dos objetivos do projeto estão o fortalecimento dos seguintes setores: agricultura familiar e empresarial, Arranjos Produtivos Locais (APLs), empresas e empreendedores individuais, além do microcrédito.
Dos recursos aportados pelo Banco do Brasil no Estado, a agricultura empresarial receberá a maior parte. Segundo dados do BB, na safra 2008/2009 foram contratados R$ 1,362 bilhão, montante que deve crescer 50% nas próximas três safras, já que a projeção é que o volume totalize R$ 2,043 bilhões no ciclo 2010/2011. Até o final de 2011, o agente financeiro projeta que sejam aplicados um total de R$ 5,2 bilhões neste segmento. O segundo maior investimento será nas micro e pequenas empresas. A evolução projetada é de 70%, partindo dos R$ 1,236 bilhão realizado em dezembro de 2008 para R$ 2,1 bilhões ao final de 2011. Em valor monetário, o crescimento será de R$ 864 milhões.
Já o aporte financeiro que será feito junto às médias e grandes empresas terá um salto de R$ 180 milhões, o que equivale a uma expansão de 40% nos recursos aplicados. Passará de R$ 446,3 milhões, do fim do ano passado, para R$ 625,6 milhões, daqui três anos. No que se refere aos projetos destinados à agricultura familiar, o volume financeiro destinado ao setor deve evoluir de R$ 231 milhões para R$ 347 milhões, somando R$ 877 milhões ao longo de três safras, ou seja, 50%.
Entre as cadeias produtivas que foram listadas como prioritárias na elaboração do projeto estão bovinocultura leiteira, piscicultura, horticultura e ovinocaprinocultua, espalhados por várias cidades mato-grossenses. Elas poderão ser beneficiadas, por exemplo, por meio do programa Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS), já em andamento no Estado. O DRS, atendeu 21,7 mil famílias até 2008 e em 2011 a previsão é que este número salte para 28,5 mil, crescimento de 31%. Os recursos disponíveis a estes projetos deverão crescer 76% no período, passando e R$ 85 milhões para R$ 150 milhões beneficiando 125 municípios.
Para o superintendente do Banco do Brasil em Mato Grosso, Tarcísio Hubner, o projeto vai fomentar o desenvolvimento viabilizando a geração de emprego e renda e consequentemente bem-estar social aos diversos municípios. O governador Blairo Maggi, afirma que as cadeias produtivas serão estimuladas e serão responsáveis por mais geração de emprego e renda ao Estado, nos mais diferentes municípios, o que fará com que o Estado seja referência para as demais unidades da federação no quesito desenvolvimento. Para ele, uma vez pulverizada as fontes de produção econômica, melhor é para o futuro do Estado, que oferecerá melhores condições de vida à população.