A localização de jazidas de fosfato em Mato Grosso deve afetar diretamente a economia do Estado, em especial o setor produtivo, propiciando considerável queda do custo de produção. Atualmente, 100% do minério consumido na agricultura são importados de distintos países. Os números da cadeia mostram a produção superlativa no Estado. Em grãos são 17,4 milhões de toneladas; algodão, 1,4 milhões toneladas; milho, 8,5 milhões toneladas; carne bovina, 25 cabeças milhões de cabeças. Com menos despesas, o produtor teria, entre outras coisas, condições de implementar mais tecnologia em sua propriedade e aumentar os índices de produção. Para o secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, o ganho será real e também aumentará a competitividade.
“Se acharmos as minas devemos reduzir por tonelada de soja produzida em Mato Grosso em torno de 100 dólares”, declarou, em entrevista ao Só Notícias. Mato Grosso é um dos Estados onde o projeto Fosfato Brasil é realizado. Ele é executado com base no reconhecimento dos controles e assinaturas geológicas, geoquímicas e geofísicas, e o estudo visa delimitar alvos potenciais do minério em solo brasileiro.
Esta é a primeira vez que estudos desta natureza são realizados no Estado. As pesquisas neste território têm avançado nos últimos meses. “Estamos na metade da fase do projeto que ao ser concluído teremos as minas de fosfato”, acrescentou o representante. De acordo com o governo, em todo país, a pesquisa está sendo realizada com aplicação de técnicas de prospecção geofísica, mapeamento espectral, prospecção geoquímica e estudos laboratoriais, com análise integrada em Sistema de Informações Geográficas (SIG).
A maioria das áreas selecionadas para o mapeamento está relacionada às bacias brasileiras, com potencial ainda inexplorado, encontradas nos Estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, entre outros.
Esta área selecionada engloba rochas da Faixa Paraguai, no Estado de Mato Grosso. Nesta região a Faixa Paraguai é marcada pela mesma sedimentação observada na área Bodoquena (MS), que possui depósitos de fosfato conhecidos.