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Mato Grosso poderá sentir efeitos de crise internacional em 2010

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Imagine se você gastasse R$ 2,6 mil por dia durante dois mil anos. No final desse período o valor total gasto seria de US$ 1 bilhão. Isso não chega nem perto do US$ 1 trilhão que os Estados Unidos emprestaram nos últimos anos e que desencadeou agora essa crise financeira que deve afetar todo o mundo de uma forma ou de outra. Em Mato Grosso, seus reflexos podem chegar em 2010, caso as commodities tenham grande queda de preço e o custo de produção continue alto, descapitalizando o produtor. Segundo o secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, é possível sim que o Estado passe por momentos como os vividos em 2005 e 2006. Mas tudo vai depender do que acontecer a partir de agora.

Nadaf explica que quando os economistas falam em redução do crédito, querem dizer grandes agentes econômicos, que são os geradores de emprego e renda. Ou seja, no caso de Mato Grosso, compromete o setor produtivo. O preço das commodities está caindo, há uma desaceleração do consumo no mercado internacional e menos dinheiro no mercado. Como o produtor busca recursos para financiar a safra com as tradings e essas, por sua vez, vão aos grandes bancos, que estão sem dinheiro para empresar, o produtor não planta, ou planta menos e com menos tecnologia. “Se não houver um equilíbrio ente custo de produção e de comercialização, o setor do agronegócio sofrerá uma nova crise”.

Mas Nadaf deixa claro que estamos pegando apenas “a poeira cósmica da bomba atômica que explodiu nos Estados Unidos, atingindo principalmente os mercados europeu e asiático”. Conforme o secretário, o grande problema dos USA é que houve um derrame de “dinheiro falso” no mercado. Nesse caso, dinheiro falso, é dinheiro que não existia. Os bancos americanos para incentivar e manter o consumo financiavam casas e negociavam com outros bancos as promissórias desses imóveis, como se eles fosse papel moeda.

Mas quando as pessoas começaram a não pagar, as promissórias perderam o valor, porque não havia garantias reais de recebimento. Aquele país emprestou US$ 1 trilhão desta forma. Uma quantia difícil de imaginar para muita gente. Era assim que a economia no país se movimentava. Agora, os governos federais precisam sustentar os bancos porque os papéis não valem nada.

No Brasil, ao mesmo tempo que se fala em crise, alta de juros e redução dos créditos, os bancos oficiais, principalmente, estão oferecendo dinheiro como nunca aos seus clientes. Para Nadaf, isso também é uma forma do governo mostrar que a situação aqui está controlada, evitando o desespero da população. “O que quebra banco é boato. Se disserem que um banco vai quebrar, os correntistas correm para retirar seu dinheiro, aí quebra mesmo”.

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