Mato Grosso contabiliza investimentos de R$ 3,497 bilhões nos primeiros sete meses deste ano. O montante se refere a recursos aprovados pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Empresarial (Cedem) e inclui a liberação feita pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO Empresarial), o aporte das empresas enquadradas no Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic) e o Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Fundeic).
Os números são avaliados positivamente e reafirmam característica dada a Mato Grosso de atraente a novos empreendimentos. Ao todo foram 331 processos, responsáveis pela geração de 18,831 mil postos de trabalho (entre diretos e indiretos) em vários municípios. De acordo com balanço divulgado pela Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), do total aportado no Estado de janeiro a julho, 92,8% são de empreendimentos enquadrados no Prodeic, que totalizam R$ 3,247 bilhões.
O FCO foi responsável pela liberação de R$ 240,125 milhões, cifra resultante de 217 processos administrados pelo Banco do Brasil, agente financeiro que operacionaliza o fundo. Destes desembolsados foram geradas 6,458 mil vagas de trabalho em diversas cidades mato-grossenses. Já o Fundeic, fundo formado por recursos depositados por empresas incluídas no Prodeic, contabiliza 84 processos, que somaram R$ 9,407 milhões nos sete meses deste ano, empregando 750 pessoas.
Para o secretário da pasta, Pedro Nadaf, os números mostram que o Estado configura como favorável a novos investimentos, principalmente nesta época de crise, em que outras unidades da federação estão com dificuldade. Isso porque a base econômica é o agronegócio, setor que não sentiu tanto os reflexos da crise internacional como ocorreu em outros segmentos como mineração, petróleo, entre outros. "Mato Grosso possui um diferencial no processo econômico, contribuindo para a atração de novos investimentos. Não que a crise não nos afetou, mas o impacto não foi tão significativo"
Nadaf argumenta ainda que a crescente registrada nos aportes é motivada também pela maior agilidade no trâmite dos processos na secretaria. Nadaf afirma que o tempo para que o departamento técnico avalie os projetos reduziu bastante. O Fundeic, por exemplo, tem o parecer em até 28 dias e o Prodeic em no máximo 60 dias. Diante de tanta rapidez no procedimento e devido ao fato de o Estado ser atraente, o secretário projeta que os números no fechamento do ano serão animadores. "A tendência é pelo menos manter o ritmo de crescimento".