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Mato Grosso fecha ano sobrando empregos em algumas áreas

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Mato Grosso encerrou o ano de 2009 sem conseguir preencher 35,84% das vagas de emprego abertas em 2009. Ao todo, o mercado disponibilizou 38,795 mil novos postos de trabalho, mas apenas 24,887 mil foram ocupados. Cerca de 14 mil empregos ficaram vagos. Os dados são do Sistema Nacional de Emprego de Mato Grosso (Sine-MT). Entretanto, esse número é bem menor que a sobra ocorrida em 2008, quando a quantidade de postos não preenchidos chegou a 23,103 mil. Naquele ano foram geradas 51,398 mil vagas de emprego em diversos setores da economia, mas o número de trabalhadores colocados foi de 28,295 mil.

Para o presidente do Conselho Regional de Economia de Mato Grosso, Aurelino Levy Dias de Campos, falta sintonia entre a formação profissional oferecida no Estado e a exigência do mercado de trabalho. “Em Mato Grosso, a característica que prevalece é a do agronegócio e nem sempre existe qualificação para isso, devido à constante mudança no setor”. Conhecimento técnico em equipamentos cada vez mais automatizados, como colheitadeiras e máquinas agrícolas, são um exemplo disso, segundo ele.

Campos ponta ainda que a diminuição do número de vagas abertas em 2009 em relação a 2008 é uma tendência que deverá se acentuar nos próximos anos, com a vinda da Copa para Cuiabá em 2014. “A concorrência faz com que a mão-de-obra vá se qualificando cada vez mais”. Cuiabá é o município que lidera o ranking de ofertas de emprego com 12,902 mil e também foi o que mais empregou com 5,4 mil trabalhadores. Em seguida aparece os municípios de Rondonópolis com 5,092 mil novos postos e Tangará da Serra com 2,417 mil.

O balanço dos empregos gerados em Mato Grosso no passado reforça o crescimento das cidades-pólo no interior. Exemplo disso são os dados da segunda maior cidade do Estado em número de habitantes, Várzea Grande, que só aparece em sétimo lugar em novos postos de trabalho, atrás de municípios como Primavera do Leste, Jaciara e Sapezal.

“Ainda existem muitos empregos no interior porque os profissionais preferem ficar no conforto de uma Capital, do que ganhar o dobro em uma cidade do interior”, afirma o economista.

Dos 3 novos postos do Sine em Mato Grosso que passaram a funcionar desde 2008, nas cidades de Colíder, Alto Taquari e Aripuanã, apenas este último teve um número baixo de aproveitamento das vagas disponibilizadas no ano passado. Em Colíder, quase todas as vagas oferecidas foram preenchidas: dos 146 postos, 100 foram ocupados por trabalhadores que tiveram a carteira assinada. Em Alto Taquari, mais da metade foi aproveitada: dos 251 empregos disponíveis, 167 foram ocupadas. Já em Aripuanã, que apresentou o maior número de vagas – 281 – foram registradas apenas 23 colocações.

 

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