A receita gerada pelas exportações de minerais em Mato Grosso cresceu 80,12% em 2013 em relação ao ano passado. Entre janeiro e agosto, US$ 214,5 milhões em minérios foram embarcados para o exterior. O ouro corresponde a 99,2% da receita. Os números de exportação são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), divulgados pela Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme).
Segundo dados do MDIC, no mesmo período em 2012, US$ 119,1 milhões em minerais foram exportados. Em termos de volume houve um crescimento de 138,31 %, um salto de 2,2 toneladas para 5,3 toneladas em 2013. Somente em ouro foram embarcados US$ 212,9 milhões, 79,92 % a mais que os US$ 118,3 milhões do ano passado. Em diamantes foram US$1,4 milhão, 98,25% a mais do que os US$ 740,5 mil gerados pelos embarques da pedra em 2012.
Em 2013, as exportações de minérios mato-grossenses representaram 1,87% dos US$ 11,4 bilhões em produtos exportados até agosto. Já em 2012, a participação era de 1,27% em meio aos US$9,3 bilhões no período.
De acordo com o secretário da Sicme, Alan Zanatta, além de ser o celeiro do mundo, Mato Grosso possui um grande potencial no setor de mineração, tendo a logística como fator de superação. “Acreditamos que no futuro a mineração será uma das nossas grandes fontes econômicas, juntamente com o agronegócio. A ampliação da malha ferroviária no estado, além de melhorias nas rodovias, que incluem duplicações, irá contribuir para fomentar ainda mais a mineração em Mato Grosso”.
Zanatta ressalta que o estado possui um diferencial, o teor de ferro encontrado em Mato Grosso é mais alto do que as outras jazidas existentes no Brasil. “Outro fator é a localização, temos duas grandes jazidas de manganês e minério de ferro muito próximas na região de Cocalinho e Juína, o que não ocorre em outros locais onde existe a necessidade de trazer de diferentes regiões. As jazidas descobertas já foram inclusive analisadas”, lembra o secretário explicando que os dois minerais são os principais componentes na produção do aço, tendo um mercado cada vez mais aquecido.