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Mato Grosso espera até 5ª feira que Bolívia volte a fornecer gás natural

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O governo de Mato Grosso espera que esta semana a Bolívia restabeleça o fornecimento de gás natural veicular (GNV) aos cinco postos de combustíveis que trabalham com o produto no Estado, além do frigorífico da Sadia, em Várzea Grande, que usa o insumo para geração elétrica. A informação é do chefe do Escritório de Representações do Estado em Brasília, Jefferson de Castro Júnior.

Ele afirma que o contrato, elaborado exclusivamente para a reabrir a válvula de onde se retira o gás para atender a Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás), foi enviado pela Empresa Pantanal Energia à Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e que a resposta da estatal boliviana deve ser remetida até quinta-feira (23).

Segundo Castro Júnior, a EPE, administradora da Usina Governador Mário Covas (Termelétrica de Cuiabá) elaborou o contrato e solicitou que o governo mato-grossense mediasse a negociação junto à Bolívia com a intenção de restabelecer o fornecimento do produto aos postos o mais rápido possível.

“A térmica é a única detentora de um contrato de importação do produto. E o governo de forma eficiente se articulou para que o documento fosse elaborado e enviado à Bolívia no intuito de garantir o reabastecimento de gás aos clientes da MT Gás”, declarou.

Com relação ao contrato provisório com vigência até dezembro deste ano, para garantir o fornecimento de 1,1 milhão de metros cúbicos de gás diariamente à EPE, Castro Júnior afirma que este documento está sendo analisado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

Já o ministério informou, via assessoria de imprensa, que não está avaliando o contrato e que por ser uma negociação entre uma empresa privada e uma estatal, o MME pode apenas acompanhar o processo.

Na semana passada, o governo Mato Grosso anunciou que está avaliando a possibilidade de “cortar” a energia elétrica de San Matias (na Bolívia) caso não haja um entendimento para que o abastecimento de GNV. Segundo o secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, a intenção não é prejudicar a população do país vizinho, porém ressalta que os consumidores mato-grossenses estão sendo penalizados com a falta de gás.

Outra alternativa em estudo seria trazer o produto de Campo Grande (Mato Grosso do Sul), porém isso implicaria em custos com a logística.

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