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Mato Grosso é lanterna no ranking de arrecadação

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Último lugar. Esta foi a colocação de Mato Grosso em pesquisa nacional feita com relação ao Crescimento Percentual da Arrecadação. Em relação ao ano passado a arrecadação do Estado caiu 3,2%. Mato Grosso foi o único Estado que conseguiu ter déficit segundo o IGP-DI.

Maior produtor de grãos do país, Mato Grosso vem sendo o celeiro de riqueza para o agronegócio. O governador Blairo Maggi, que se prepara para iniciar seu segundo mandato é o maior produtor de soja do mundo. Mas se o crescimento é intenso para os integrantes do agronegócio nas outras áreas, principalmente no social, o Estado carece de iniciativas mais ousadas, de arrojo por parte das autoridades e de programas que possam atender com mais eficácia a grande parte da população que passa longe do agronegócio, cada vez mais maquinizado e informatizado.

Esta situação é comprovada através da pesquisa nacional que mostra Mato Grosso na última colocação no ranking dos Estados que mais cresceram na arrecadação. Segundo a pesquisa Mato Grosso foi o único Estado que teve crescimento negativo. Entre 10/2004 a 09/2005 a arrecadação de ICMS foi de R$ 3.232.813, enquanto que no período de 10/2005 a 09/2006 caiu para R$ 3.130.402, ou seja perdeu R$ 102.411 uma variação negativa de 3,2%.

Enquanto Mato Grosso teve déficit negativo todos os Estados da União cresceram. Mato Grosso do Sul teve um incremento de 6,4%, Amapá 25,1%, Acre 19,4%, Tocantins 2,8% e Rondônia 0,1%.

Sem iniciativa

Com bases nesta pesquisa, o site 24 Horas News consultou alguns especialistas em contas públicas e todos foram unânimes em afirmar que a secretaria de fazenda é responsável direta pela queda na arrecadação do ICMS e por Mato Grosso ter ficado em último lugar no ranking, apresentando déficit.

Para os especialistas consultados pelo site, o desemprego e a falta de oportunidades de trabalho para as pessoas, principalmente no campo são fatores que levaram Mato Grosso a estar em último lugar no ranking. Segundo estes mesmos analistas o governo peca em não apresentar propostas que possam propiciar ganhos principalmente no setor social. Lembram nestes quatro anos de administração Maggi não foram criados nenhum projeto ou programas que contribuísse para o crescimento do Estado. Um administrador de empresas lembrou que na administração Dante de Oliveira foi criado o Fethab, que vem sendo a salvação do governo nos investimentos no Estado.

Mas se no primeiro mandato não apresentou nenhuma proposta consistente, o governo aposta sua fichas no segundo mandato. Blairo Maggi promete que o MT Regional vai estimular e viabilizar a formação de consórcios municipais, objetivando disponibilizar para os municípios participantes do programa competências, técnicas, informações, pesquisas e tecnologia. A proposta foi apresentada pelo então candidato à presidência da AMM – Associação Mato-grossense dos Municípios em 2005, José Aparecido dos Santos, hoje presidente da Associação.

Mas a proposta do governo em fomentar mais o MT Regional não pode servir como única solução. Especialistas dizem que Maggi precisa criar um núcleo estratégico, com pessoas que pensem mais no social. Um administrador disse que estas cabeças coroadas do governo precisam criar alternativas que possam facilitar a vida dos trabalhadores como a criação de casas econômicas.

Estes especialistas dizem ainda que nesta administração não ocorreu nenhum programa para a qualificação dos servidores públicos. Enfatizam que na infra-estrutura nunca os prefeitos foram chamados para discutir assuntos inerentes aos seus municípios, na segurança a marginalidade continua solta, e faltam homens para combater a violência.

Os economistas e administradores ouvidos pelo site lembram que para Mato Grosso voltar a crescer, o governador Blairo Maggi precisa, em seu segundo mandato, transformar sonhos em metas, colocando sua equipe para pensar com mais objetividade para todos os setores do Estado, principalmente agora que conta com o apoio dos partidos políticos

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